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Folia de Reis, congada, fandango, benzedeiras, boi de mamão… tantas tradições locais que atualmente passam despercebidas pelos paranaenses. Essas são algumas manifestações populares contadas na oficina “Culturas Tradicionais do Paraná”, realizada nos dias 28 e 29 de junho, das 09h às 18h, na sede do Incra, em Curitiba/PR, que contou com a presença de 35 pessoas, de diversas regiões do estado. O evento, pensado especialmente para os membros da Comissão de Cultura do IFPR, foi realizado por uma parceria entre a Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação (Proepi) e a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe). A abertura contou com a participação dos pró-reitores Ezequiel Burkarter e Valdinei Henrique da Costa.
Os conteúdos, ministrados por Lia Marchi, criadora da Olaria Projetos de Arte e Educação, abordaram desde conceitos de culturas tradicionais até sugestões e indicações de ações para trabalhar em projetos educacionais. Larissa Mellinger, Diretora de Extensão, Inclusão e Cultura do Instituto, destaca que poucos tinham conhecimento e aproximação com a temática. “Plantamos a vontade nos professores e técnicos de fazer mais ações e projetos no sentido de valorizar essa cultura e de pensar novas propostas de ações. A Comissão sai mais fortalecida, munida de elementos que possam nos auxiliar em um plano mais próximo da realidade do estado e dos nossos campi, contribuindo com a missão institucional do IFPR”, afirma.
Essa sensibilização foi, de fato, assimilada pelos participantes. Everton Ribeiro, docente em Jacarezinho, enfatiza: “Saio daqui com vontade de saber mais, tanto em Jacarezinho, quanto aqui, de conhecer as festas e a cultura local. Muitos servidores do Instituto são migrantes aqui no estado, então é importante essa vontade. Eu, por exemplo, trabalhei dois anos no litoral e não conheço fandango”.
Tal percepção também é pontuada pela professora Magda Vicini, do Campus Palmas, ao afirmar que “o conhecimento adquirido no curso vai fazer que nos sintamos mais inseridos na comunidade que o Instituto representa, tanto para a questão da divulgação das culturas tradicionais como para que possamos elaborar projetos com uma melhor identificação”. Ela lembra que os campi estão inseridos em um território geográfico cuja cultura é diversificada, mas todas comungam de uma mesma origem.
Ao mostrar alguns aspectos de nossa cultura, Lia citou nomes, bibliografias, dados e mídias para contextualizar as apresentações. “Para mim, é um privilégio poder falar das culturas tradicionais e das comunidades – que há tanto tempo a gente visita e compartilha o dia a dia -, para esses multiplicadores, pessoas que vão levar adiante esse conhecimento”, destaca a palestrante.
“A ministrante não só compartilhou seus trabalhos e referências, como também a paixão pelo tema, de uma forma única, despertando ainda mais o desejo de realizar projetos que contribuam com as comunidades locais”, explica Luciana Milcarek, professora do Campus Campo Largo.
São membros da Comissão servidores dos campi do Instituto, alunos e membros externos. Entre os técnicos presentes, a Relações Públicas do Campus Paranaguá, Aline Velozo, afirma que a oficina a surpreendeu por procurar apresentar uma visão pura da cultura, sem influências ideológicas ou partidárias, por exemplo.
“Conhecer Paranaguá pelo boi ou pelo Fandango foi mais divertido que ver os chineses dando ‘tchau’ nos grandes navios do porto”, finaliza Máriam Trierveiler, docente de Umuarama que passou por essa experiência no litoral.
*O título refere-se a uma música do compositor paranaense Lápis, interpretada, entre outros, pelo grupo de Fandango “Meu Paraná”.
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