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Alunos do Curso técnico em cerâmica no Museu Oscar Niemeyer

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Buscando integrar as unidades curriculares os alunos e os professores do curso técnico em cerâmica do IFPR Campo Largo, terão a oportunidade de expor trabalhos juntamente com artistas renomados do meio ceramista de Curitiba, São Paulo e Ponta Grossa, no Museu Oscar Niemeyer (MON). Após participarem de diversas palestras e realizarem vários experimentos, os alunos e professores confeccionaram 03 cadeiras e 5 bancos, sendo que, 4 destas propostas estarão em exposição no MON com abertura programada para o dia 5 de dezembro de 2014, às 18:00 horas. 
Os alunos e professores do Curso Técnico em Cerâmica foram convidados a participar de proposta apresentada pelo grupo de artistas do projeto de cerâmica contemporânea de Curitiba, que tem como título: Intervenção com Cadeiras e Bancos de Cerâmica, coordenado pela Prof.a Marília Diaz da UFPR – Universidade Federal do Paraná. Inicialmente o convite para esse trabalho partiu da Prof.a Dr.a. Marilzete Basso do Nascimento da UTFPR – Universidade Tecnológica do Paraná – que coordena o grupo de Atelier Cerâmico dessa mesma instituição.
Primeiramente, os professores e alunos participaram de uma palestra, ministrada pela Artista e ceramista Marília Diaz, que repassou o briefing do projeto, ressaltando a importância para a área cerâmica de um evento como esse e finalizou dizendo que: “qualquer cidade desenvolvida tem uma escola de cerâmica.”, afirmação esta que motivou a participação no desafio. Na sequência, os professores e alunos passaram a frequentar outras palestras que foram ofertadas por especialistas de diferentes áreas, como design, sociologia, psicologia e arte, com o tema: o ato de sentar.
Durante essa etapa, muitas dúvidas surgiram, e a principal delas era: como participar desse projeto em meio a tantos artistas renomados e experientes? A orientação foi a de que não podemos ser aquilo que não somos. Somos um curso técnico em cerâmica, que tem em seu quadro de professores profissionais que trazem em sua formação a cultura funcionalista da escola de ULM e que acabam por influenciar o resultado de algumas propostas. Também é fato que a ideia foi a de trazer sentido para o trabalho produzido pelos alunos ao final de cada módulo. Aproveitando que a interdisciplinaridade é uma proposta do plano de curso, buscou-se integrar unidades como desenvolvimento de produto, materiais, processos de fabricação cerâmico e outras unidades da área de humanas. Definido o papel dos alunos e professores do IFPR, Câmpus Campo Largo, deu-se início ao processo de desenvolvimento de cadeiras e bancos. O primeiro passo foi tomado na unidade curricular Metodologia e Comunicação, ministrada pela Prof.a Dr.a Adriane do Santos, que trouxe para o grupo uma discussão sobre a questão dos objetos cotidianos transformados em arte, procurando dessa forma, contextualizar a proposta e também o entendimento entre as diferenças existentes entre arte e design. O próximo passo foi a geração de alternativas associadas aos processos de desenvolvimento do produto e a gestão da produção, pois havia uma proposta bem definida e um prazo de entrega para obedecer. A busca pela aparente simplificação formal e o domínio do processo foram os aliados para vencer o cronograma estabelecido e as dificuldade de trabalhar com todo o processo de feitura desses objetos.
O fato do curso técnico em Cerâmica estar inserido na Capital da Louça ajudou, porém a proposta que, naturalmente foge desse tema, permitiu o desenvolvimento de outros produtos que pudessem ser feitos com a cerâmica. O primeiro interesse deu-se pelo modo artesanal de produção e como nada acontece por acaso, deu-se a busca por um material mais resistente para o ato de sentar, foi a escolha pela cerâmica vermelha que é também utilizada na produção vasos e confeccionada pelo torno. O Mestre Casimiro, um oleiro experiente da região de Itaqui muito próximo a Campo Largo, auxiliou neste processo, mesmo atendendo a uma produção de 20.000 peças/mês, fez questão de também inserir a produção do curso em sua olaria e abriu as portas para ensinar a arte da técnica do torno de oleiro. A intenção era a de testar os limites do material (cerâmica vermelha), bem como do processo de fabricação (torno de oleiro) e também aliar conceitos básico de design (desenvolvimento de produto) com uma técnica de base artesanal e diante desse tripé surgiu a pergunta: como fazer uma cadeira em escala real, que fuja do convencional cilindro de revolução utilizado na técnica do torno?
Além da valorização da técnica do torno de oleiro, buscou-se, por outros processos de fabricação que também são muito utilizadas, a técnica de colagem, abertura de placas e o processo de atomização da massa cerâmica, esse último trata-se de um processo industrial utilizado em pisos e revestimentos cerâmicos.
A Intervenção com cadeiras e bancos, permitiu extrapolar os limites da sala de aula, ir ao encontro de técnica consolidada e que, apesar de serem presentes na região, são pouco conhecidas ou valorizadas. Como essa investigação, os alunos e professores conseguiram confeccionar 8 propostas, sendo 3 cadeiras e 5 são bancos. Desses objetivos, 4 projetos estarão em exposição no MON com abertura programada para o dia 5 de dezembro de 2014, às 18:00 horas.
Coordenação do Curso Técnico em Cerâmica