Campus Campo Largo na FEBRACE 2020 – Campus Campo Largo

EVENTO EXTERNO

Campus Campo Largo na FEBRACE 2020

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A estudante Carolina Costa de Jesus (4°ano do Curso Técnico em Automação Industrial) representou o Campus na “Feira Brasileira de Ciências e Engenharia 2020”. Carolina apresentou o projeto “O movimento das mulheres negras no Paraná a partir da segunda metade do século XX”, desenvolvido de forma voluntária em 2019 sob orientação do Professor Fábio Lucas da Cruz.

A FEBRACE é organizada pela Escola Politécnica da USP. Devido à pandemia da COVID-19, o evento foi realizado de forma virtual. Palestras, seminários e avaliação dos projetos finalistas aconteceram por meio de videoconferências entre os dias 23 e 30 de março.

Ao relatar o que esse projeto representou na sua iniciação científica a estudante disse que “esse projeto foi muito enriquecedor, me proporcionou experiências únicas e até mesmo debates comigo mesma. Representou desconstrução e reconstrução de conhecimentos, pois como leitora e pesquisadora, pude conhecer a condição da mulher negra e discutir, respeitando sempre meu lugar de escuta, como essa sofre a dupla opressão em um estado como o Paraná. Isso me fez perceber como eu, uma mulher branca e de olhos claros, tenho sim privilégios e que o protagonismo não pertence somente a nós, as mulheres brancas. Pude perceber também que posso, acima de tudo, no meu dia a dia, com a minha pesquisa e com o conhecimento que adquiri, contribuir no combate ao racismo e também do machismo, promovendo uma consciência histórica, evidenciando a importância do movimento feminista negro no estado e como as mulheres negras são e foram importantes na construção da história do Paraná”. Ainda, ao ser questionada por que buscou realizar essa pesquisa de modo voluntário, a estudante relatou: “iniciei a pesquisa voluntariamente, sobretudo, com o incentivo do professor Fábio. Sempre tive vontade de viver essa experiência de pesquisadora mas a minha timidez e o medo sempre sobressaiam. Mas, após algumas conversas com o professor, me senti confiante e decidi fazer a pesquisa. Além disso, antes mesmo da nossa primeira reunião, sempre soube que queria estudar algo relacionado às mulheres negras, não sei o porquê, mas algo dentro de mim dizia que eu tinha que estudar sobre isso. A partir de então, dediquei muito de mim e do meu tempo ao projeto, e hoje sei o quanto meu esforço e dedicação valeram a pena, e sou também muito grata ao professor, por todo seu apoio e incentivo”.

Já para o Professor Fábio “a participação de estudantes da Educação Básica em projetos de pesquisa permite a iniciação científica, estimular a autonomia do jovem para questionar a realidade sociocultural e traçar metodologias que possibilitam compreendê-la. No caso de projetos relativos à História das mulheres negras, a pesquisa dá visibilidade a sujeitos da História que foram desvalorizados na tradicional narrativa da construção de nossa nacionalidade”.

Saiba mais sobre o projeto da Caroline acessando: https://febrace.org.br/virtual/2020/HUM/289/

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