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A bordo da Lurdinha fui a Salvador na 11ª Bienal da UNE

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“Saímos de Pato Branco e amanhecemos em Minas Gerais. O ônibus estragado foi o motivo para tomar banho em um “brejo”e lá se foram 6h até o ônibus ficar pronto e a viagem até Salvador prosseguir”.(Estudante do campus do IFPR Coronel Vivida Nicolly Cristhynni aluna do 2ºano do Ensino Médio integrado ao curso técnico em cooperativismo que esteve no eventro e contou pra nós sua experiência.)

Entre os dias 06 e 10 de fevereiro,na cidade de Salvador-BA, aconteceu um dos maiores eventos do movimento estudantil, a 11° Bienal da UNE,  no campus Ondina da UFBA. Foi o primeiro evento unificado entre três importantes entidades do movimento estudantil, a UNE, a UBES e a ANPG (4° encontro nacional de grêmios estudantis- UBES, 15º Conselho Nacional de Entidades de Base- UNE e o 8º Encontro Nacional de Pós-Graduandos- ANPG).
Nas Bienais anteriores estavam presentes apenas universitários. Esta foi a primeira que o evento abriu as portas aos secundaristas.

Havia entre 9 e 10 mil estudantes nos cinco dias de evento, vindo de todos os estados do pais, em diversas caravanas. A finalidade das entidades ao unir estes estudantes era principalmente, organizar o movimento estudantil (pensando em qual seriam seus próximos passos) e a resistência frente a todos os desafios e ameaças que a educação vem sofrendo hoje em dia.
“O evento exaltou a arte, ciência e cultura de todo o país expostos pelos próprios estudantes,
com apresentações, oficinas e exposições, além de apresentar debates sobre tudo o que engloba o mundo
estudantil e dos próprios jovens”, comentou Nicolly, nossa representante no evento.
Dentro da programação foram previstos 2 dias para visitação a cidade de Salvador com 10 rotas distintas para conhecer pontos importantes da cidade. E também houve shows de Gilberto Gil, Djonga, Baiana System, Francisco El Hombre além de shows regionais, e bandas próprias dos estudantes.
No primeiro dia aconteceu o ENNUBES (Encontro de Negros e Negras da UBES), promovido pelos
secundas para os próprios secundas (como os estudantes secundaristas se autoreferenciavam), com o tema “Juventude negra em movimento – Para garantir educação e segurança, no combate da vulnerabilidade e
genocídio”. Ao longo dos dias, estes (os secundaristas) participaram de debates sobre a BNCC e o futuro da rede de institutos estaduais e federais tecnológicos ( https://ubes.org.br/2019/futuro-dos-institutos-estaduais-e-federais-e-preocupacao-da-juventude/ ), a organização e resistência no grêmios estudantis e protagonismo de estudantes
secundaristas, entre outros.
Como nos conta Nicolly, “A Bienal proporcionou uma visão ampliada de tudo o que está acontecendo com a educação no país, e impulsionou ainda mais a vontade dos estudantes de mudar essa situação e lutar por todos os seus direitos. A Bienal mostrou ao país a nossa força. “UBES, educação, educação!” & “A UNE somos nós, nossa força e nossa voz!”, esses foram os gritos de guerra !

“A Bahia é linda, até observando de uma janela, e Salvador é de tirar o folego, a arquitetura, o peso histórico, a
cultura, as pessoas, tudo encanta…”Na programação do evento havia visita a cidade e a museus.
Na volta dormimos mais que conversamos, e Lurdinha, como chamávamos nosso ônibus, estragou novamente em Minas. Após noves horas de espera… Adeus a Lurdinha e embarcamos em outro ônibus até Curitiba, esse, nos deu um banho grátis, graças a uma enorme infiltração”.

Aventuras que só uma bienal da UNE dá pra você!