Estudante é premiada na IX Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias)
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Foram realizados, no dia 11 de novembro, a cerimônia de premiação e o encerramento da 9ª Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FIciencias), evento este que, para a edição de 2020 aconteceu em formato virtual durante os cinco dias de atividades (de 07 a 11 de novembro de 2020).
O trabalho Potencial aplicação de bactérias no tratamento do fluido de corte, do Campus Jaguariaíva foi premiado em duas categorias, sendo elas: primeiro lugar em Ciências Biológicas e segundo lugar em Desenvolvimento Sustentável – perspectiva ambiental.
Realizado pela aluna do curso Técnico em Biotecnologia I.E.M., Maria Vitória de Miranda Rodrigues, com orientação das docentes Danielle Hiromi Nakagawa e Juliana Guerra de Oliveira, o trabalho vem sendo desenvolvido há cerca de dois anos, tendo como objetivo desenvolver um processo que induz a produção de biodesemulsificante por meio da bactéria Bacillus Subtilis, num regime de fermentação sólida utilizando-se de subprodutos de indústrias madeireiras e com potencial aplicabilidade no tratamento do fluido de corte.
“Através do teste de degradação de hidrocarbonetos utilizando o 2,6 diclorofenol indofenol, pôde-se verificar que a bactéria Bacillus Subtilis é capaz de degradar o fluido de corte, sendo assim, esta apresenta potencial no tratamento do fluido de corte. Observamos também que, houve a produção de biodesemulsificante no composto fermentado, corroborando para os resultados dos experimentos realizados. Embora tenhamos consciência de que há a necessidade da continuidade desses estudos para a melhoria na produção desses compostos, podemos afirmar que o estudo apresenta potencial de aplicação industrial, visto que o biodesemulsificante é obtido a partir de matéria-prima de baixo custo e possui potencial de aplicação na primeira etapa do tratamento do fluido de corte”, ressalta Maria Vitória, estudante bolsista do Programa PIBIC/JR do CNPq.
Ainda sobre outras contribuições desse projeto, a discente declara que o mesmo poderá “contribuir para o desenvolvimento sustentável em processos que envolvem o tratamento de efluentes, além de proporcionar a diminuição da contaminação de recursos hídricos, de modo a preservar a fauna e a flora. Além disso, este visa a resolução de problemas locais e regionais, pois, poderá contribuir na economia de investimentos no tratamento do fluido de corte de empresas de usinagem que necessitam dar a destinação adequada deste efluente, bem como, na destinação de resíduos madeireiros (setor econômico da cidade), podendo utilizá-los na produção de biodesemulsificante”.