O conhecimento é um valor simbólico; intangível, afirma vice-presidente do CNPq durante a abertura oficial da III Jornada Científica – Instituto Federal do Paraná

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O conhecimento é um valor simbólico; intangível, afirma vice-presidente do CNPq durante a abertura oficial da III Jornada Científica

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Durante a abertura oficial da III Jornada de Produção Científica, realizada nesta segunda-feira (29), a vice-presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e tecnológico (CNPq), professora Wrana Maria Panizzi, afirmou que por seu caráter simbólico, o conhecimento é um valor “intangível”. “Desde o século passado, o conhecimento foi capaz de promover enormes transformações no mundo, o conhecimento é um valor intangível, simbólico, ele não se acaba com as coisas”, afirmou.

O tema da conferência de abertura oficial do evento foi: “A Iniciação Científica – uma estratégia eficaz de transformação”, em que Wrana Maria Panizzi, do CNPq, defendeu o conhecimento como como valor. “Eu sei o quanto um encontro como este significa para cada um de nós, para a instituição, para os professores e para os estudantes; neste local [antigo Clube Floresta] onde já foram realizadas muitas festas, nossa comemoração hoje é a celebração pela oportunidade do conhecimento”, ressaltou sem deixar de propor reflexões sobre o tema: “O que significa ter conhecimento? Em que contexto nós produzimos o conhecimento e o que fazer com ele?”, indagou.

Para a professora, as políticas públicas de apoio à iniciação científica devem ser exploradas pelos estudantes. “O CNPq apoia 95 mil projetos e oferece 17 modalidades de bolsas, em todos os níveis; vocês estudantes devem cobrar de suas pró-reitorias e das fundações de amparo à pesquisa, da Fundação Araucária, da Fapesc e da Fapergs”. Segundo ela, as instituições são os espaços organizados que se tem para produzir conhecimento. “Nós temos que trabalhar na produção do conhecimento, devemos nos apropriar e participar da construção desse conhecimento”, ressalta.

A vice-presidente do CNPq afirmou que as universidades e instituições de ensino devem fomentar o pensamento, a crítica. “O mundo se sofisticou; uma sociedade sofisticada exige respostas também sofisticadas, isso requer um conhecimento mais sólido e elaborado”, diz reforçando que o Ensino a Pesquisa e a Extensão não podem ser “palavras mortas em nosso estatuto”, pelo contrário, devem ser práticas vivas no cotidiano de todos.

Wrana Maria Panizzi também falou sobre o contexto de criação da Iniciação Científica, citando o surgimento do CNPq, em 1951, as transformações oriundas com a Segunda Guerra Mundial, do processo de industrialização, da transformação do valor da tecnologia. A pesquisadora citou marcos, como a criação do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic), nos anos 80. “A bolsa acadêmica tem uma importância ímpar na vida do estudante; já está comprovado: o aluno que teve iniciação científica na escola tem maior domínio do conhecimento, ele vai terminar antes suas dissertação de mestrado ou mesmo conquistar uma posição melhor no mercado de trabalho”.A pesquisadora falou sobre a intenção de criar bolsas acadêmicas especialmente voltadas para os Institutos Federais, atendendo a reivindicação do Fórum de Reitores.

Presente na abertura, o reitor do IFPR, professor Alipio Leal, afirmou que a educação não é só o ato de transmitir conhecimento, mas também o ato de produzir conhecimento. “Estamos em um processo de aprendizado, precisamos de novos espaços, tanto dentro do CNPq quanto da Capes, pois temos um fazer diferente, um fazer voltado para a pesquisa aplicada, uma prática que se preocupa com as soluções concretas para as comunidades que mais precisam”, disse agradecendo o empenho de todos para a realização do evento. Espero que vocês aproveitem muito; trabalhem bastante, mas não deixem de se divertir: educação, esporte, lazer e cultura é o que desejamos. Muito obrigado pela presença de todos”.

O Diretor Geral do Campus Foz do Iguaçu, Luiz Carlos Eickstein, fez um agradecimento especial ao Diretor brasileiro de Itaipu, Jorge Samek, pelo apoio que tem dado ao Campus Foz e na concretização da Jornada. O professor também propôs uma reflexão sobre o encontro.“Por que uma Jornada? Nós humanos buscamos conhecimento por uma carência, o homem precisa de assunto para se relacionar com os outros. Vivemos em um mundo que exige cada vez mais conhecimento. Esse conhecimento precisa ser socializado, ele precisa ser divulgado, então é com o intuito de trocar experiências que estamos aqui”, disse.

A pró-reitora de Ensino Pesquisa e Pós-Graduação do IFPR, professora, Neusa Rosa Nery de Lima Moro, também citou a importância em se compartilhar experiências. “Precisamos produzir e publicizar nossas práticas; o conhecimento tem validade na medida em que é colocado à disposição de todos”, afirma.

Também estiveram presentes compondo a mesa de autoridades a diretora de Pesquisa e Pós-Graduação do IFPR e coordenadora do evento, professora Maria Angelica Nunes Pizani e o Pró-Reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Luiz Nakamura Júnior.

Durante o evento também foi lançado oficialmente o Livro de Normas para Apresentação de Trabalhos Acadêmicos do IFPR, uma obra importante que além de padronizar os trabalhos, contribui para a facilitação do acesso ao conhecimento. A obra é de autoria dos professores Carmen Ballão Watanabe, Eutália Cristina do Nascimento Moreto e Renato Roxo Coutinho Dutra. Veja o livro aqui.

Acompanhe a cobertura da Jornada pelo Blog Oficial do evento: https://jornadacientificasul.blogspot.com/

(fotos: Levi Ker)

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