Campus Pitanga promove o I Encontro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas – Campus Pitanga

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Campus Pitanga promove o I Encontro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas

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Palestras, debates e rodas de conversa agitaram a última terça-feira no Campus Pitanga. A instituição foi palco do I Encontro do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas, com o tema “200 Anos de Independência de uma País Negro e Indígena”. Cerca de 300 pessoas, entre servidores, estudantes, representantes do Núcleo Regional de Educação e moradores de Pitanga e região participaram das atividades.

O psicólogo Douglas Alexandre Fernandes, representante do NEABI local e um dos responsáveis pelo evento, fez um balanço positivo do evento. “Ficamos muito contentes com a grande participação do público. O evento foi especial, pois trata-se de nossa primeira iniciativa com a comunidade acadêmica desde a retomada das atividades presenciais”, frisou.

O evento teve início no período da manhã, com a palestra “Os povos indígenas no Paraná: reflexões históricas e contemporâneas”, proferida pelo professor Paulo Ramon, da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A fala abordou temas como a diversidade de etnias indígenas no estado e sua integração à sociedade nos dias atuais.

Em seguida, ocorreu o debate “Independência ou Morte”: epistemicídio e genocídio da população negra e indígena no Brasil”, no qual o professor Paulo se uniu ao professor Dejair Dionísio, da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Os docentes discutiram o preconceito, a violência e o apagamento histórico sofridos por essas populações.

No período da tarde, houve uma roda de conversa, na qual os convidados, servidores e estudantes refletiram sobre os dez anos das Leis de Cotas. “Devemos ter consciência de que as cotas são uma conquista ligada à reparação histórica. É necessário defendê-las para garantir a democratização do acesso à educação”, destacou o professor Dejair.

À noite, o professor Dejair proferiu a palestra “A literatura preta e a inclusão escolar: aspectos da Lei 10639/2003”, na qual destacou a riqueza da literatura produzida por autores afro-brasileiros. Na sequência, ele e o professor Paulo participaram da mesa-redonda “O papel da escola nas relações étnicorraciais”. Para o convidado da UEM: “A escola tem um papel fundamental na inclusão dos excluídos, devendo promover um ambiente de integração e respeito à diversidade”.

Após a mesa-redonda, os participantes puderam fazer perguntas e considerações aos professores convidados. Segundo a estudante Sabrina Oliveira, do curso Técnico em Cooperativismo, salientou a importância da iniciativa. “Participar do evento do NEABI me permitiu questionar qual é o papel de cada um na luta antirracista em um país miscigenado, como o Brasil. E eu percebi que é uma missão de todos”, conclui.

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