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Em cerimônia de posse dos novos reitores dos institutos federais de Brasília e do Paraná, o ministro da Educação, Fernando Haddad, ressaltou a necessidade da expansão e interiorização dessas instituições como forma de universalizar o acesso a educação técnica e profissional. O ministro reforçou a importância dos institutos federais para a capacitação profissional da mão de obra brasileira.
Segundo o ministro, os institutos, por terem uma estrutura administrativa menor, se adéquam melhor aos municípios de até 100 mil habitantes do que as universidades. O modelo da rede federal reforça o ensino técnico e cria vagas de ensino superior, possibilitando um crescimento econômico junto com a formação de recursos humanos.
Irineu Mário Colombo, doutor em história social e mestre em educação, assume a reitoria propondo priorização das atividades relacionadas ao ensino, extensão e pesquisa integrada à realidade regional, oferta de vagas para formação continuada e consolidação da estrutura física do instituto. Colombo já atuou como vereador, deputado estadual e federal e foi diretor de articulação e projetos especiais da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) do Ministério da Educação, onde contribuiu com os Programas Brasil Profissionalizado e de Expansão da Educação Profissional (Proep).
O Reitor Irineu Mario Colombo assume para um mandato de quatro anos (2011-2015). Leia, a seguir, a entrevista em que o Reitor expõe as principais linhas de ação para a nova gestão do IFPR.
Qual é a prioridade da nova Administração?
É consolidar os câmpus atuais com número de professores, compondo com o quadro completo de técnicos administrativos e também consolidando os cursos com os respectivos laboratórios e práticas de estágios para todos os alunos.
O slogan de sua campanha foi “Novos Rumos” para o IFPR. Qual vai ser a estratégia da Administração para atingir essa meta?
Nós já começamos com mudanças administrativas, estamos propondo uma reestruturação que tem como princípio o bom relacionamento humano. Acreditamos que um relacionamento saudável entre as pessoas contribui para ampliar a capacidade de produção e melhorar a qualidade de nossos serviços, objetivando sempre o aluno. É uma reestruturação administrativa que passa também por um repensar a relação entre as pessoas.
O senhor propôs uma reestruturação das pró-reitoras. Na prática, o que muda?
Nós observamos que havia um retrabalho em termos de processos administrativos, por isso, tiveram pró-reitorias que foram fundidas. Em outra situação, uma pró-reitoria foi ampliada, é o caso do Ensino e da Extensão. Essa área ganhou um reforço porque em nossa avaliação o Ensino é a base de tudo. A Pró-Reitoria de Ensino e a Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação são como irmãs siamesas, vão trabalhar juntas visando o tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Também estamos apostando na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas, sobretudo no sentido de criar parâmetros internos de avaliação não punitiva, e sim uma avaliação que nos permita fazer a correção de nossos procedimentos. Criamos também a Pró-Reitoria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, que tem caráter de planejamento a longo prazo. Esse aspecto foi muito citado ao longo da campanha, muita gente apontou o planejamento como uma dificuldade, por isso, essa pró-reitor fará o planejamento efetivo das questões futuras. Agora temos também a Pró-Reitoria de Administração, que vai cuidar de todos os procedimentos financeiros, orçamentários, de compras, da logística e também de suprimentos, tudo isso, a partir de agora, ficará com uma única pró-reitoria.
Uma de suas propostas de campanha é a consolidação dos câmpus. Nesse sentido, qual são os principais desafios da gestão?
É conseguir recursos para implementar o Plano Diretor. Nós vamos fazer o Plano Diretor de cada câmpus e arranjar recursos para fazer todas as obras necessárias. Nesse momento nós precisamos, imediatamente, conseguir espaços para laboratórios. Nós estamos focados em algumas ações imediatas, mas para o próximo ano priorizaremos a consolidação do Plano Diretor. Pensando na questão financeira, nós criamos uma Assessoria de caráter político, que cuidará especificamente desta relação para arrecadação de recursos orçamentários. Essa área vai atuar junto a bancada dos deputados federais e junto ao Governo Federal.
É possível conciliar consolidação com expansão?
Nós acreditamos que é possível, sim, desde que expansão tenha apoio do Ministério da Educação. Quando a expansão parte do MEC e do Governo Federal, eles já trazem todo o aporte financeiro necessário, contratam os professores e técnicos administrativos, além de disponibilizarem os cargos (CD’s e FG’s). Nesse sentido, é absolutamente viável, já que receberemos recursos novos e não precisaremos alterar o orçamento da Instituição, garantido, assim, o recurso necessário para a consolidação dos câmpus em funcionamento.
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Fonte: Assessoria de Comunicação IFPR e Setec/MEC