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• Mariane Signor
• Jéssica Maria de Auda
• Micheli de Jesus Ferreira
• Silvia Heck
• Zeila Espindola Lima
• Gimene Cardozo Braga
• Orientadora – gimene.braga@ifpr.edu.br

RESUMO

Grande parte dos transtornos mentais diagnosticados na vida adulta tem início na infância ou adolescência. Dessa forma, a escola deve ser capaz de disponibilizar um ambiente para promoção do bem-estar individual e coletivo que auxilie a criança a desenvolver competências que visem o seu desenvolvimento e evitem predisposições a transtornos mentais. Ações promotoras de saúde mental fortalecem e potencializam os processos saudáveis de reconhecimento e empoderamento das emoções, pensamentos e reações comportamentais. Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo verificar, na perspectiva de professores do ensino fundamental, qual o resultado de ações de promoção de saúde mental desenvolvidas na escola. Trata-se de uma pesquisa qualitativa exploratória realizada em uma escola municipal de ensino básico e fundamental do sudoeste do Paraná. A coleta de dados teve início em junho de 2014 com a autorização da escola e coleta das assinaturas do Consentimento Livre e Esclarecido. Foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com cinco professoras que acompanharam as turmas escolares durante o desenvolvimento do projeto de extensão “A contação de histórias como ações de Enfermagem: promovendo saúde mental infantil”, no período de junho a julho de 2014. A pesquisa respeitou os preceitos éticos conforme estabelece o Conselho Nacional de Saúde, Resolução 466/12 e teve autorização emitida pelo CEP/UTFPR parecer nº 490.857. As professoras relatam que a participação das crianças nas atividades ampliou-se com o tempo do projeto e que poucas crianças, inicialmente, conseguiam identificar suas emoções, e quando isto ocorria, ainda havia dificuldade de relacioná-las aos acontecimentos e causas. Com o passar do tempo de atuação do projeto foi possível o re-conhecimento emocional por parte das crianças, auxiliando no entendimento, convivência e reflexão sobre suas emoções. Com o sentimento de pertencimento de um grupo, pode-se estabelecer uma relação interpessoal mais ampla, a convivência de classe, melhorando a comunicação entre as crianças, e nos relacionamentos interpessoais, bem como, fez com que o grupo demonstrasse união e altruísmo mútuo. Os professores apontam que o projeto auxiliou na ação docente uma vez que os auxiliou na compreensão das emoções e das necessidades cotidianas das crianças. Dessa forma, a escola é o lugar ideal para o desenvolvimento de programas de promoção de saúde mental, pois exercem uma grande influência sobre a comunidade escolar, gerando mudança nas relações sociais e repercutindo nas próximas fases da vida da criança.

PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental; Promoção em saúde; Enfermagem; Crianças; Emoções.