Na manhã de terça (24), logo depois das apresentações culturais, os participantes do Se²pin puderam assistir a um painel que abordou assuntos que dialogam com o tema do Seminário (Natureza, Lógica e Sustentabilidade). No contexto deste painel, foram realizadas três apresentações.
O engenheiro ambiental Michael Busko, da Associação Paranaense dos Engenheiros Ambientais, entidade ligada ao Conselho de Engenharia do Paraná (CREA-PR), ministrou a palestra “Recicle seus hábitos: a sustentabilidade na prática”.
O professor Solonildo Almeida da Silva, do Instituto Federal Catarinense (IFC), falou sobre a natureza da lógica do capital e a (in)sustentabilidade ambiental diante da crise estrutural do capital.
A terceira palestra, que teve como tema a “Abordagem Socioambiental e as Ciências: Aplicabilidade na Educação Profissional e Tecnológica”, foi ministrada pelo professor Leandro Rafael Pinto, do IFPR, o qual foi moderador do painel.
Do discurso para a prática
Durante o debate, foi destacada a necessidade de trazer a discussão sobre sustentabilidade para a prática, seja na Educação, com destaque para a Educação Profissional, ou no cotidiano de todos nós, além da própria estrutura socioeconômica e geopolítica mundial, que dificulta a adoção e manutenção de práticas, hábitos e culturas sustentáveis.
O engenheiro ambiental Michael Busko, por exemplo, trouxe casos práticos de como a noção de sustentabilidade pode fazer parte da rotina de todos nós. Ele citou experiências na área de tratamento de resíduos sólidos e também falou sobre edificações sustentáveis com certificação Leed, que é atribuída aos prédios que consomem 80% menos água e metade da energia de prédios com projetos tradicionais.
“Esses são alguns exemplos que despertam a curiosidade, o interesse e podem ajudar os estudantes a desenvolverem, cada um dentro da sua profissão, as habilidades necessárias para que possam trabalhar da melhor maneira com sustentabilidade”, disse.
Para o engenheiro ambiental, é importante discutir esses temas com os estudantes porque eles são, ao mesmo tempo, usuários e promotores de tecnologia e inovação. “Para vivermos em um mundo sustentável precisaremos disso, além de criatividade, e esses alunos são os que desenvolverão esse conceito, utilizando essas ferramentas, por isso essa discussão é essencial”, comenta.