Nem só de extensão, ensino, pesquisa e inovação vive o Se²pin. Distribuídas por toda a programação, as apresentações culturais e artísticas abrem espaços de reflexão, integração e descontração durante o evento.
Nesta sexta edição do Seminário, foram 18 as apresentações de natureza artística e cultural, todas propostas por servidores e estudantes de diferentes campi do IFPR. Os participantes do evento desfrutaram de quatro apresentações de dança, quatro apresentações musicais, duas de literatura e duas peças teatrais. A novidade do ano fica por conta da exposição de artes visuais, que conta com mostras de seis campi. É a primeira vez que são trazidas obras do gênero ao Se²pin.
Uma das mostras, intitulada “Processos de Incertezas”, traz obras produzidas por estudantes do Campus Londrina no âmbito do projeto de ensino coordenado pelo professor Guilherme Lima Bruno e Silveira. “O interesse do projeto não é desenvolver uma técnica específica. Ele preza pela criação”, explica. O projeto é desenvolvido semestralmente e envolve cerca de 15 estudantes.
Guilherme explica que as obras apresentadas no Se²pin são fruto da reflexão dos próprios participantes sobre a Bienal de São Paulo de 2016, que teve como tema “Incertezas Vivas”. “Os estudantes foram instigados a refletir sobre esse tema e aproximá-los de temas pessoais, transformando esta reflexão em uma expressão artística”. De acordo com o professor, o processo reflexivo permite o crescimento do estudante na esfera pessoal e também na acadêmica. “O estudante se desenvolve por estar se propondo à reflexão. A construção artística é também produção de conhecimento em um processo não linear, rizomático”, complementa.
A estudante Maria Luiza Alves, do Curso Técnico Integrado em Análises Químicas do Campus Cascavel, gostou do que viu nestas e em outras obras. “Eu achei a exposição muito interessante, porque são obras que expressam os sentimentos das pessoas e que realmente nos tocam”, afirma.
Esta também foi a primeira edição do Se²pin em que o Campus Avançado Quedas do Iguaçu trouxe uma pitada da sua cultura local, com a apresentação “IFPR Quedas Dança a Tradição”. O número consiste na execução de coreografias da cultura tradicional gaúcha, bastante expressiva na região do campus.
A iniciativa foi de um grupo de oito alunos ligados ao curso técnico integrado em Informática que dividem a mesma paixão pelo movimento tradicionalista. “Cada dança apresentada se refere a um ciclo coreográfico, que representa uma parte da história ou da cultura gaúcha”, explica a estudante Giulia Arsego.
No total, foram quatro danças apresentadas. A coreografia da música de entrada, Planalto e Pampa, trata da tradição gaúcha no Estado do Paraná. Além dela, foram executadas outras três coreografias: Caranguejo, Chico Sapateado e Tatu Com Volta No Meio. “Ainda somos um campus pequeno, mas que tem vontade de crescer e mostrar mais da nossa cultura”, afirma a estudante Natiely Develen Dallazen, integrante da equipe artística.
O professor responsável pela inscrição do grupo, Giancarlo Zuchetto Belmonte, é docente de Química da unidade. O que o aproximou dos estudantes foi o interesse pelas tradições gaúchas. “A dança, assim como todas as outras manifestações artísticas, promove a integração entre os estudantes ligados à tradição gaúcha e à comunidade interna do campus que não a conhece. Estamos pensando em aproveitar o interesse dos alunos para criar um projeto que vai aproximar ainda mais estudantes dessa cultura, que não é apenas do gaúcho, mas do Sul do Brasil”, afirma.
O estudante Rhuan Albuquerque Silva, do curso Técnico Integrado em Informática, do Campus Avançado Goioerê, integra o elenco da peça “A loucura e seus nomes”, apresentada na manhã de terça-feira (24). “Nós falamos sobre as doenças da contemporaneidade. É uma peça que a gente já monta desde o ano passado e tivemos a felicidade de sermos convocados para apresentar aqui”, resume.
Para o estudante, é no Se²pin que são coroadas todas as atividades desenvolvidas por estudantes e professores do IFPR. “O Se²pin está sendo incrível! É muito bom poder ver todos os projetos, tudo que o pessoal produz no IFPR. A gente está produzindo alguma coisa para a sociedade, que tem um retorno aqui nesses eventos”, avalia.