Na tarde desta quarta-feira (17) os estudantes do IFPR com pôsteres aprovados na sétima edição do Seminário de Extensão, Ensino, Pesquisa e Inovação (Se²pin) realizaram as exposições de seus projetos.
Foram expostos no pavilhão do Centro de Convenções e Eventos, 396 pôsteres com a síntese dos projetos de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidos pelos discentes no âmbito do IFPR com supervisão de servidores orientadores. Também aconteceu a exposição de 49 protótipos, no IFtech.
“O que mais me chama a atenção é a diversidade dos produtos apresentados no IFPR. É óbvio que o Instituto tem foco na ciência e tecnologia e nos três pilares, ensino, pesquisa e extensão, mas quando colocamos isso em prática, e o Instituto vem fazendo isso com maestria, a gente percebe essa diversidade. Há projetos na área de robótica, na área social, inovação para patentes verdes e tecnologia, isso demonstra o preparo do IFPR para trabalhar com seus recursos e que os campi têm dado-os aos seus alunos para explorar as regiões”, afirma Willian José Borges, visitante do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).
O estudante e bolsista Pbis Jean de Jesus, do Campus Pitanga, é orientado pela professora Tania Regina Rosseto, de Artes, no projeto de pesquisa “A intervenção urbana como prática social”. Jean é aluno do terceiro ano do curso técnico integrado de Cooperativismo e é sua primeira edição como participante do Se²pin. “Neste momento estou cansado”, suspira nos momentos finais de apresentação de seu pôster, após a passagem dos três avaliadores. “Mas ser bolsista é um diferencial para minha formação acadêmica, além do desenvolvimento humano, também há os conhecimentos científicos que estou adquirindo e acho importante para minha empregabilidade”.
Em seu projeto, por meio de pinturas, recortes e fotomontagens, a ideia é criar uma nova imagem em que o sujeito está inserido em seu sonho. “Às vezes as pessoas deixam de sonhar, a fotomontagem a coloca onde ela gostaria de estar e gera uma reflexão sobre isso”, explica. “Depois a ideia é divulgar essas imagens e fazer o mesmo com estudantes de outras escolas”.
Mariana Maranho, professora do Campus Telêmaco Borba foi avaliadora de trabalhos e se impressionou com a mudança do evento, depois de algum tempo afastada. “Fui no segundo e terceiro Se²pin e é muito legal ver a evolução do evento, do tamanho que era para o tamanho que é agora. O IFPR tem crescido junto com o Se²pin”, declara.
Interação com a comunidade local
A estudante Isabela Leocádia Class veio ao Se²pin para apresentar o projeto de extensão “Histórias e memórias em azulejos: estudos dos painéis cerâmicos de Campo Largo”. O projeto mapeou seis painéis cerâmicos de Campo Largo e pesquisa a história e a contribuição das imagens na construção sociocultural e até no desenvolvimento econômico da cidade.
Isabela apresentou entusiasmada para o avaliador e ficou ainda mais empolgada quando ele deu a devolutiva de que, se houver um aprofundamento e sistematização, além das características de extensão, seu projeto pode contemplar uma pesquisa científica na área de história e até ser sugerido como uma futura publicação para Editora IFPR. “Sou estudante do segundo ano do curso técnico integrado de automação industrial, no Campus Campo Largo, mas por meio desse projeto me descobri apaixonada por história e filosofia”, conta. “Todo aluno deve buscar estudar o que gosta. Estou feliz em estar aqui no Se²pin pela primeira vez e estou tentando aproveitar o conhecimento que está aqui disponível. Foi por meio do projeto de extensão que decidi fazer Direito ou Filosofia”.
Atento às demandas locais, Ericsson Eduardo de Carvalho, discente do Campus Colombo, apresentou seu trabalho de “Estação Meteorológica Experimental”, que com orçamento de baixo custo transfere informações precisas e constantes da meteorologia para o Twitter. “A ideia é ajudar os produtores rurais da região do campus com a produção agrícola e mesmo o campus saber quando virá uma tempestade, por exemplo”.
Servidor da Pró-reitoria de Administração, é a primeira vez que Bruno Batista presencia o Se²pin e já como avaliador: “Está sendo uma experiência legal poder visualizar os projetos, e fazer interação com os alunos. Com certeza, os trabalhos superaram minhas expectativas, em específico um, principalmente, por estar imerso e diretamente ligado a comunidade local do campus“.