Comunicações orais encerram manhã do terceiro dia (18/10) de Se²pin

A divulgação dos resultados de projetos de pesquisas e dos relatos de extensão por meio de comunicação oral é a forma mais tradicional de participação em eventos científicos e, por isso, para muitos estudantes, é o reconhecimento de um amplo e exaustivo trabalho de muitos meses ou anos.

Na foto, estudante de Paranavaí que apresentou comunicação oral na área de Química
A comunicação é a forma mais tradicional de participação em eventos científicos. Geovane foi um dos estudantes que apresentou seu projeto

Geovane Aparecido Ramos da Silva, estudante de licenciatura em Química, do Campus Paranavaí, é um exemplo. Ele apresentou a pesquisa “Controle de Qualidade de Fármacos Anti-hipertensivos que compõem a lista básica de medicamentos da rede pública de saúde: uma necessidade”, que é seu trabalho de conclusão de curso – ele vai defender daqui a alguns dias. A oportunidade de ter uma bolsa de iniciação científica foi o diferencial para que Geovane optasse pelo Campus Paranavaí. “Desde o primeiro ano de curso eu tenho bolsa para desenvolver pesquisa na área de Química”, conta. “Foi gratificante apresentar no Se²pin. Prefiro apresentação oral do que pôster, que eu também apresentei para os avaliadores, pois posso especificar mais pesquisa e no pôster não cabe tudo do trabalho. Na apresentação eu posso falar e explicar detalhadamente, além de ser um teste para minha defesa”. Geovane pretende ser docente e continuar os estudos no mestrado e doutorado, empreendendo pesquisas na área de Química Analítica.

Pesquisas de estudante de Ensino Médio surpreendem

A aluna Camila da Vega Rossi, do Campus Capanema, apresentou o trabalho “Criação de um Banco de Sementes no IFPR uma estratégia de resgate e conservação da biodiversidade na agricultura familiar”. Ela explica o projeto: “Meu trabalho é relacionado às sementes crioulas, que são aquelas que vêm de gerações passadas, provenientes das plantações antecedentes. O modelo atual de agronegócio se difunde muito, especialmente no ramo das sementes, em que temos as modificações genéticas, que geram a perda da biodiversidade no campo, limitando a um tipo de variedade. Há tanta variedade de sementes e só chegam até nossa mesa uma ou duas. Sem contar que essas sementes são comercializadas e gera uma dependência econômica do agricultor, que a cada pouco tempo, por causa da perda do poder germinativo, tem que recomprar as sementes”. Por isso, além da catalogação das variedades de sementes crioulas, de milho, feijão, ervilha, melão entre outras, presentes na região, e a identificação de guardiões de sementes – responsáveis por sua preservação, a plantação, no próprio campus, é um objetivo futuro.

Camila foi bastante elogiada pelo público ouvinte. “Achei muito interessante a comunicação oral sobre Banco de Sementes. Gostaria de adaptar essa ideia e fazer algo similar no meu campus”, conta a aluna do curso superior de Agronomia do Campus Palmas, Andressa Reis Taques, demonstrando que a troca de informações realizada no evento é fundamental não apenas para o intercâmbio científico e produção de conhecimento, mas também para o desenvolvimento local das regiões em que o IFPR está presente.

Foto de uma estudante apresentando o trabalho na frente de uma tela com pessoas assistindo
Estudantes de diversos campi participam desse momento

O técnico administrativo do Campus Palmas, Adenor Wendling, atuou como avaliador de comunicações orais e se disse surpreso. “Fiquei surpreso com a qualidade dos trabalhos do Ensino Médio. Todos os que avaliei foram muito bem elaborados”, destacou.

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