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Educação Disruptiva, você vê aqui no IFPR! #SEPIN

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Junho é mês de SEPIN no IFPR, para os veteranos, a volta do SEPIN!

Tratando-se de um evento científico que visa identificar os melhores projetos de pesquisa,  extensão e inovação de cada uma das 28 unidades do IFPR, seletivas foram feitas em todo estado para identificar quais projetos representam seus campus.

O Campus Assis Chateaubriand e sua unidade anexa, Centro de Referência IFPR-Biopark, selecionaram inicialmente três de um total de quinze projetos inscritos. Dos três selecionados, dois são do Centro de Referência. Um está ligado à gestão e monitoramento de piscicultura em pequenas propriedades por meio de um aplicativo e o outro visa empregar a gamificação em um aplicativo para ensino de educação ambiental por meio das abelhas sem ferrão.

João Paulo Tavares Kempfer (1º ano) e Tainá Leandra Dreissig (2ºano) foram os estudantes selecionados por seus pares para serem os apresentadores dos respectivos projetos no evento, visto que é um requisito ter um apresentador nomeado. Ambos são estudantes do Ensino Médio Integrado em Informática para Internet no Centro de Referência, e têm um ponto em comum quanto ao seu primeiro contato com o IFPR; o Curso FIC de Programação de Sistemas Básico, popularmente conhecido como do Zero ao Um.

Mas e quanto ao título desta notícia?

A educação disruptiva é um conceito que se refere a abordagens inovadoras e não convencionais no campo da educação, que buscam romper com os modelos tradicionais de ensino e aprendizagem. Essa abordagem tem como objetivo repensar e transformar fundamentalmente o sistema educacional, introduzindo novas metodologias, tecnologias e abordagens pedagógicas para melhorar a qualidade e a eficácia da educação.

A educação disruptiva desafia as práticas educacionais estabelecidas, que muitas vezes se baseiam em métodos de ensino unidirecionais, currículos rígidos e avaliações padronizadas. Em vez disso, busca criar ambientes de aprendizagem mais personalizados, interativos e envolventes, que estejam alinhados com as necessidades e interesses dos estudantes.

Uma das principais características da educação disruptiva é o uso de tecnologia como ferramenta facilitadora do processo de ensino e aprendizagem. Isso pode envolver o uso de dispositivos móveis, aplicativos educacionais, plataformas de aprendizagem online, jogos educacionais, realidade virtual e outras tecnologias inovadoras. A tecnologia permite o acesso a recursos educacionais mais diversificados, interativos e atualizados, além de promover a colaboração, a criatividade e o pensamento crítico.

Além disso, a educação disruptiva valoriza a aprendizagem ativa e prática, em oposição à simples transmissão de informações. Ela enfatiza a resolução de problemas, o trabalho em equipe, o desenvolvimento de habilidades socioemocionais e a aplicação do conhecimento em situações reais. Também encoraja a autonomia e a autodireção dos estudantes, permitindo que eles sejam protagonistas do seu próprio processo de aprendizagem. Esse é o perfil do curso do Zero ao Um.

A educação disruptiva busca superar as limitações do modelo educacional tradicional, promovendo uma abordagem mais flexível, adaptativa e centrada no aluno. Ela visa preparar os estudantes para enfrentar os desafios dos dias atuais, desenvolvendo habilidades essenciais, como pensamento crítico, resolução de problemas, colaboração, comunicação efetiva e criatividade.

Estes elementos estão presentes nos dois projetos aprovados, mas acima deles, de forma intrínseca no IFPR, sintetizada em uma frase pelo pensador José Saramago, que a convite da unidade reitora do IFPR descreveu nosso trabalho com a frase “trabalhar com as mãos ensina muito”. Na resolução 50/2017 que dispõe sobre a avaliação do processo ensino-aprendizagem no âmbito do Instituto Federal do Paraná também é possível identificar os elementos que desobstruem o caminho do professor que quer trabalhar com a Educação Disruptiva e incluir também a Inovação nas suas práticas.

A inovação está muito presente na mudança de atitude na escola, buscando o contato com outras entidades externas para alavancar a formação integral e para o mundo do trabalho. Assim, são bem vindas as iniciativas conjuntas com universidades, instituições de pesquisa, comunidades de desenvolvedores, empresas, startups, e outros, por meio de parcerias estratégicas, colaboração em projetos conjuntos, participação de competições de inovação, compartilhamento de recursos e conhecimentos e utilização de plataformas digitais para se conectar e interagir com atores externos relevantes.

Entre os benefícios destas parcerias observa-se a criação de redes de colaboração que podem impulsionar o crescimento conjunto e a promoção de uma cultura de colaboração e aprendizado contínuo dentro das organizações envolvidas.

Os elementos citados estão inseridos em grande parte no projeto intitulado Protótipo de Aplicativo para Gestão e Monitoramento da Piscicultura em Pequenas Propriedades, desenvolvido no âmbito do projeto de piscicultura chamado de [FISH-INOS]. Destacamos aqui o resumo científico do projeto, que registra sua ligação com as propriedades rurais e demonstra a interseção entre o pequeno produtor, demandante, o IFPR como agente de pesquisa e inovação além de colher de diversas fontes a expertise de diferentes profissionais por meio das apresentações em eventos científicos, como o Technovação, onde o projeto também foi aprovado para ser apresentado no próximo dia 26 de maio, caminhando para um aprendizado crescente e constante para os integrantes do projeto por meio do público e dos avaliadores dos eventos.

Com o projeto de abelhas sem ferrão, os estudantes estão hoje atuando diretamente na secretaria de meio ambiente de Toledo, conhecendo e manejando as espécies de abelhas. O aplicativo em construção será utilizado nos tablets adquiridos pela prefeitura e distribuídos às crianças da rede pública municipal de educação. Como estudantes em formação na área de programação no IFPR e que demonstram interesse em seguir nesta área na graduação, os integrantes do projeto conseguem percebem que os aplicativos e software são feitos para serem utilizados por pessoas, e avançam além das percepções técnicas para as percepções humanas envolvidas na produção do produto. Tem oportunidade de manter contato com diferentes profissionais da área da educação, meio ambiente e informática e consolidam seu processo de ensino em um sistema indissociável entre ensino, pesquisa e extensão efetivamente aplicados. Isto pode ser visto no resumo do projeto que detalha como o protótipo de software sairá dos laboratórios do IFPR para o uso na sala de aula pelos professores da educação básica do município de Toledo.

Na imagem a seguir, os estudantes Luiz Henrique Zavatin Feltrin e Tainá Leandra Dreissig juntamente com seu orientador Eduardo Alberto Felippsen, pesquisadores do grupo de pesquisa ifinos, membros do projeto de extensão Quintais de Mel e autores do projeto que visa empregar a gamificação em um aplicativo para ensino de educação ambiental por meio das abelhas sem ferrão. Em apoio a esta equipe, temos o coorientador do projeto, Matheus Cavalher, egresso do mesmo curso de ensino médio e hoje profissional na área de desenvolvimento de sites e aplicativos.

Nesta outra imagem, temos os estudantes João Paulo Tavares Kempfer e Jomar Gonçalves de Annunciação Júnior, bolsistas do projeto [FISH-INOS], pesquisadores do grupo de pesquisa ifinos, e participantes da equipe que desenvolve o aplicativo de piscicultura para pequenos produtores sob orientação do professor Olavo José Luiz Junior.