Estudante do Campus União da Vitória se destaca em competições nacionais de matemática
Publicado em
Luísa Pedrolli alcançou a medalha de prata na classificação nacional da Olimpíada Mandacaru de Matemática, e ficou em primeiro lugar no estado do Paraná, entre os estudantes de Ensino Médio – Escola Pública (Nível Lampião).
O que começou com uma forma de aproveitar o tempo ocioso dos primeiros meses da pandemia, se transformou em uma paixão que tem dado frutos na vida da estudante do segundo ano do curso Técnico em Informática do Campus União da Vitória, Luísa Pedrolli.
Pedrolli começou a estudar matemática no começo da pandemia, visando resolver os problemas apresentados na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas – OBMEP, que, até então, pareciam quase impossíveis para a estudante.
Hoje, 10 meses depois, os primeiros resultados começam aparecer. Pedrolli alcançou a medalha de prata na classificação nacional da Olimpíada Mandacaru de Matemática, e ficou em primeiro lugar no estado do Paraná, entre os estudantes de Ensino Médio – Escola Pública (Nível Lampião).
A prova da edição 2021 ocorreu no dia 19 de agosto e contou com mais de 48 mil inscritos de todos os estados brasileiros. A Olimpíada Mandacaru de Matemática é uma competição dirigida aos alunos das escolas públicas ou privadas de todo o Brasil, que busca estimular e promover o estudo da Matemática valorizando a cultura nordestina.
Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas
Mas o foco da estudante ainda é a OBMEP e ela espera conseguir uma medalha na edição deste ano, pois nas duas últimas edições ela já figurou entra as menções honrosas da competição.
“Sempre tive facilidade em matemática e queria sempre aprender mais, mas foi pelo meu desejo de me destacar na OBMEP e de resolver a prova que durante anos me pareceu impossível, que comecei a me dedicar de verdade durante a pandemia”, explica Luísa.
Luísa tem estudado matemática diariamente e tem contado com a ajuda do professor de matemática da unidade, Jean Adacheski, para aprimorar seus conhecimentos.
“Durante esse período, estudando todo dia, o professor Jean esteve ali ao meu lado me ajudando e me puxando a orelha quando necessário. Ele me apresentou o POTI (Polos Olímpicos de Treinamento Intensivo), que eu acabei entrando na turma ouro; a Mandacaru que, com muita felicidade, recebo duas medalhas. Além disso, participei também da Olimpíada de Matemática dos Institutos Federais e da Olimpíada Matemática Sem Fronteiras, essa em equipe, e espero medalhas em ambas”, declara.
O professor também comemora as vitórias da estudante e lembra que, além de assistir todas as aulas de matemática do Ensino Médio, disponíveis no Portal da OBMEP, Luísa obteve conceito A em todas as disciplinas que cursou no primeiro ano do curso Técnico em Informática.
“Muito além dos resultados alcançados nas competições que ela tem participado, o nível de conhecimento obtido por meio de seus estudos, o aprimoramento do raciocínio lógico e a busca de soluções para a resolução de problemas, são alguns dos benefícios que certamente contribuirão para a sua formação como estudante”, destaca Adacheski.
Inspiração que veio dos filmes
Pedrolli conta, também, que após assistir ao filme Uma Mente Brilhante, que narra a vida do matemático John Nash, ela começou a anotar as fórmulas e equações nas janelas de casa, como estratégia de memorização.
“Quando eu precisava de uma fórmula sabia onde encontrar, por isso anotava sempre. Hoje já não preciso recorrer às janelas, acabei decorando as fórmulas de tanto usar”, comemora.
Agora Pedrolli está aguardando o resultado das outras competições que participou este ano, tanto individualmente quanto em equipe, enquanto se prepara para novos desafios acadêmicos.
“Aprendi tanto com a OBMEP que uma medalha parece apenas um detalhe agora. A medalha seria apenas a “cereja do bolo”. Quero dizer aos alunos que tem a chance de estudar para uma olimpíada: tentem. Mesmo que pareça impossível. A OBMEP mudou a minha vida. Ela também pode mudar a sua”, finaliza Pedrolli.