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Na manhã dessa sexta-feira, 26, o Campus União da Vitória do Instituto Federal do Paraná (IFPR) realizou mais uma mobilização no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya. Essa mobilização responde ao chamado do Ministério da Educação (MEC) aos servidores e estudantes da educação, para que assumam o papel de disseminar informações e levar orientações sobre as doenças e como exterminar o mosquito.
Inicialmente, estava prevista a saída de grupos de alunos do curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, acompanhados de servidores, pelos arredores do Campus, mas devido à chuva, não foi possível. Com roteiro pré-definido, os grupos, formados de cerca de 80 alunos e mais de 15 servidores, realizariam a observação de possíveis criadouros do mosquito, distribuiriam material educativo e orientariam os moradores da região. Como não foi possível sair do Campus, os alunos receberam orientações de como observarem possíveis criadouros do mosquito em suas casas, e na vizinhança, registrando de alguma forma, para apresentação na próxima semana. Segundo a pedagoga, Andréa Daniele Müller Mariano, além da socialização das informações coletadas pelos alunos, essa atividade programada inicialmente para hoje, poderá ser realizada em algum dia sem chuva da semana que vem.
Como atividade paralela e com o intuito de preparar os alunos para a atividade proposta, a professora de biologia, Rosana Maria Frey, levou para estudar com a turma do segundo ano, um artigo que mostra um ponto de vista diferente sobre o assunto. Ela utilizou texto Pesticida versus mosquitos, uma guerra perdida, publicado na segunda-feira, 22, pela Revista Ciência Hoje. O texto do artigo questiona a adoção de larvicidas em água potável contra o Aedes aegypti, apontando uma possível relação entre uso indiscriminado dessas substâncias e a microcefalia. Segundo a professora, é necessário fazer uma outra reflexão sobre isso com os alunos. “Não é só a gente achar que nós somos os culpados, porque deixamos água parada. Isso é importante, mas tem outras questões envolvidas. De maneira alguma temos que deixar de fazer nossa parte quanto à eliminação dos criadouros desse vetor, porém também temos que refletir sobre as possíveis consequências da exposição aos pesticidas, usados no controle vetorial do Aedes aegypti, no organismo humano”, analisa a bióloga.