ENSINO

Estudantes realizam aula prática sobre criação de abelhas sem ferrão

Publicado em

No dia 12 de setembro, os estudantes do terceiro semestre do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia do Campus Campo Largo participaram de uma aula prática sobre meliponídeos (Hymenoptera: Apidae), que são abelhas sem ferrão nativas do Brasil. A criação racional destas abelhas, denominada meliponicultura, constitui-se uma atividade tradicional e com potencial para inserção em sistemas agroecológicos de produção. Além de possibilitar a diversificação da produção e geração de renda com os produtos das abelhas, a meliponicultura também contribui com a polinização e conservação dos recursos genéticos animais e vegetais.

Dada esta importância e aptidão para a atividade na região, a meliponicultura é contemplada na ementa do componente curricular Produção Animal de Base Ecológica I, ministrada pelo Professor Rodrigo de Souza. E, como parte das atividades do componente, os estudantes conheceram os equipamentos utilizados na meliponicultura, visitaram as colmeias de meliponídeos instaladas no Laboratório de Práticas e Estudos em Agroecologia – LAPEA do Campus, e aprenderam a produzir caixas iscas para captura de enxames de meliponídeos, sendo estas instaladas no Sistema Agroflorestal do LAPEA e nas proximidades.

A estudante Zilmary Alves observou que a criação de abelhas sem ferrão é uma atividade possível mesmo para quem não tem grandes propriedades, e avaliou a experiência da seguinte forma: “a aula prática realizada LAPEA foi ótima, pois trouxe muitas informações para obtenção de sucesso nas atividades da meliponicultura, sendo necessária a observação de alguns aspectos: como vivem, se alimentam, se organizam e se reproduzem algumas espécies de abelhas.” Já a estudante Josélia Panichek, que tem experiência em apicultura (criação de abelhas Apis mellifera – com ferrão), relatou ter ficado encantada em conhecer as espécies de meliponídeos do LAPEA, e propôs ações para aumentar as fontes de alimentos para as abelhas no Campus: “Imagine se a instituição investisse em plantar flores e ervas medicinais para atrair estes polinizadores. Qual seria o resultado para o LAPEA, visto que temos uma área em recuperação? É possível aumentar esse tipo de atividade na área, onde todos ganham com esse lindo projeto Agroecológico.” Por fim, a estudante Terezinha Antochevis disse que a aula despertou nela o interesse em cuidar de uma família de meliponídeos que, justo naqueles dias, havia de instalado no vão de uma parede de sua residência.