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Alunos do Campus realizam “trabalho de campo” para experienciar as diferentes paisagens urbanas da Região Metropolitana de Curitiba – RMC

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No dia 12 de dezembro de 2016, os alunos do 1º ano do Curso Técnico em Informática realizaram uma visita técnica sob a coordenação dos professores Hugo Leonardo Marandola e Julio Cesar Gonçalves da Silva (Geografia e Sociologia).

O “trabalho de campo”, como o professor Hugo prefere chamar, foi sobre o processo de urbanização, metropolização e suas consequências para a sociedade contemporânea. Assim, um dos objetivos era que os alunos pudessem conhecer realidades diversas no espaço urbano.

Para tanto, o arquiteto Paulo, da Regional de Santa Felicidade, realizou uma palestra na parte da manhã, abordando temas relacionados ao planejamento urbano, em especial de Curitiba, e um breve histórico do bairro Santa Felicidade. O espaço do Auditório 1 da Rua da Cidadania da Regional de Santa Felicidade foi cedido para esta atividade.

Em seguida, os professores conduziram os alunos para uma pequena caminhada por algumas ruas do bairro Santa Felicidade, observando os aspectos discutidos durante a palestra.

Após o almoço, houve um momento de descontração e descanso no entorno do Memorial Ucraniano. Ali, segundo o prof. Hugo “os discentes notaram a suntuosidade das residências em frente ao Memorial, o que foi importante para perceberem o contraste com as moradias que iriam encontrar na atividade seguinte”. Esta foi realizada nas ocupações 29 de Março, Tiradentes, Nova Primavera e Dona Cida, em Curitiba. Os discentes tiveram a oportunidade de caminhar por algumas ruas e conhecer um pouco da realidade das pessoas que ali residem. Eles foram recepcionados por Paulo, membro do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto – MTST, que explanou sobre a história e as dificuldades enfrentadas pelas pessoas das ocupações.

Já encaminhando para o fim do trabalho de campo, percorreram o Contorno Sul e o acesso à cidade de Araucária, onde se concentram muitas indústrias de médio e grande porte, como a Codeplan e a Repar. Seguiram para o acesso ao Aeroporto Internacional Afonso Pena, em São José dos Pinhais. “Este caminho foi escolhido para estimular a reflexão dos alunos em relação à organização do espaço urbano, em especial do espaço metropolitano”, relatou o prof. Hugo.

Para o fechamento do dia de atividades intensas, segundo o prof. Júlio “escolheu-se um local onde a segregação socioespacial é explícita: o limite entre os municípios de Pinhais e Colombo. De um lado (Pinhais) o condomínio horizontal Alphaville, com seus muros que lembram uma cidade medieval e um campo de golfe dentro desses muros; de outro (Colombo), as Vilas Zumbi e Liberdade, oriundas de antigas ocupações, em situações de risco e vulnerabilidade social e ambiental”. Foi uma última reflexão sobre as consequências dos modelos de planejamento urbano adotados nas últimas décadas nas grandes metrópoles brasileiras, acrescentou o prof. Hugo.