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Cnapne do Campus União da Vitória realiza evento em alusão ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência

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Professor Rodrigo Diesel e participantes da palestra

Com palestras, sarau literário e participações musicais, a Coordenadoria do Núcleo de Atendimento às Pessoas com Necessidades Específicas do Campus União da Vitória – Cnapne, promoveu, na quarta e quinta-feira (13 e 14) o evento Incluir para Transformar, que faz parte das celebrações do Dia Nacional da Luta pelos Direitos das Pessoas com Deficiência, comemorado no dia 21 de setembro.

A abertura do encontro foi realizada na quarta-feira (13), com uma apresentação do Coral Amor Especial, da APAE de Porto União. O grupo entoou canções diversas e finalizou com uma música de autoria da regente do coral, Gisa Storck, que conta um pouco das dificuldades enfrentadas pelo grupo para vencer o preconceito.

Ainda na quarta-feira (13), ocorreu a palestra A neurodiversidade sob as lentes de um professor no espectro: desafios, práticas e reflexões sobre o autismo e outras neurodivergência, com o professor Rodrigo Diesel, que falou sobre os estudos acerca do autismo e contou um pouco da sua história e dos desafios que enfrentou desde a sua infância.

Para Diesel, é importante lembrar que todos somos diversos e que a pessoa autista precisa de um lugar de aceitação e empatia para que possa desenvolver suas habilidades e ter uma vida saudável em sociedade.

“O ser humano é neurodiverso, porque ninguém pensa igual ninguém, ninguém tem um desenvolvimento neurológico igual ninguém, todo mundo é diferente. A neurodiversidade é o padrão, apesar das pessoas tentarem achar um padrão de funcionamento do cérebro humano, ninguém é igual a ninguém”, destacou Diesel.

No período noturno, o evento trouxe a professora do Campus Paranavaí, Elizete Focadell, que ministrou a palestra O compartilhar de experiências com as adaptações e flexibilizações curriculares, em que abordou o trabalho da Cnapne no Campus Paranavaí e trouxe ideias de adaptações e melhorias que podem ser realizadas na unidade local.

“Não existe um trabalho de inclusão acabado, ele funciona como uma engrenagem, em que todos precisam trabalhar juntos para construir uma escola inclusiva”, pontuou Focadell.

O segundo e último dia do evento iniciou com um sarau literário, em que estudantes e servidores do campus declamaram poesias que foram traduzidas pela intérprete de libras Jaqueline Araújo.

“As nossas mãos serão os ouvidos das pessoas surdas. Eles se comunicam, então é importante a visualidade e a acessibilidade para eles sentirem que realmente existe a comunicação e o interesse por eles”, declarou Araújo que se colocou a disposição de quem tiver interesse em aprender libras.

A última palestra do evento, A contribuição da neurociência para a educação, ficou por conta da professora de psicologia, Natalie de Castro, que abordou o funcionamento neural do ser humano e questões que influenciam no desenvolvimento da pessoa como um todo, além de abrir espaço para perguntas e discussões inerentes ao tema.

Para a Cnapne, o encontro superou as expectativas e foi bem recebido pela comunidade interna e externa ao campus, tendo tido participação de profissionais da educação da esfera municipal e estadual, bem como familiares de estudantes da instituição.

“O Encontro aconteceu de maneira muito colaborativa, todos participaram de forma linda, com momentos de muita emoção, como o coral da APAE. Durante as palestras tivemos momentos de reflexões e partilhas muito especiais. Acreditamos que conseguimos provocar um movimento de sensibilização em prol da educação inclusiva em nosso campus, agora, prossigamos na luta diária por um ambiente educacional cada vez mais inclusivo”, avaliou a coordenadora do Cnapne e professora de educação especial da unidade, Eliana Maciel.