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Evento do Campus União da Vitória levanta debate sobre inclusão na educação

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Mesa redonda com profissionais convidados

Com foco no debate sobre a inclusão nos ambientes escolares, a Coordenadoria do Núcleo de Apoio a Pessoas com Necessidades Específicas do Campus União da Vitória – CNapne, realizou, nos dias 25 e 26 de setembro a segunda edição do evento Incluir para Transformar.

A abertura do evento foi realizada com a declamação de um poema pela estudante egressa da instituição, Naiury Oliveira, que concluiu o curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio no campus e possui deficiência visual.

Já a roda de conversa sobre inclusão, realizada na tarde da quarta-feira (25), reuniu profissionais da área que debateram as políticas de inclusão e de permanência e êxito de estudantes com deficiências, além de abordar a importância de um ambiente de acolhimento para esses estudantes na escola.

O debate contou com a presença da advogada, Mariana Rosa; da professora de educação especial, Eliana Maciel; da professora de sala de recursos, Mary Petry; do professor da Unespar, Ivanildo Sachinski; da bibliotecária da Unespar, Vanessa Misie; da advogada, Jaíne Machnicki; e com a mediação da professora de educação especial do Campus União da Vitória, Sula Nunes.

Durante sua fala, o professor Ivanildo Sachinski, destacou os desafios enfrentados pela educação especial, principalmente no que diz respeito a graduação.

“Até pouco tempo o que nós ouvíamos sobre inclusão no ambiente escolar dizia respeito ao ensino infantil, fundamental e médio, mas praticamente nada sobre a graduação. Hoje, já conseguimos avanços consideráveis no ingresso de estudantes da educação especial na universidade. Mas, sem dúvida, a palavra que define a inclusão na educação é luta, pois ainda há muito a ser feito e conquistado”, declarou Sachinski.

Já a professora de sala de recursos do Colégio Estadual São Cristóvão, Mary Petry, dividiu um pouco da sua experiência trabalhando com estudantes com deficiências, transtornos e altas habilidades e dotação.

Durante a roda de conversa, os ouvintes também puderam fazer perguntas aos profissionais da mesa, bem como dividir suas experiências pessoais, pois grande parte dos participantes atua como educador em instituições do municípios.

Na quinta-feira, o evento contou com a presença do grupo de teatro e do coral da Apae de Porto União, que se apresentou no pátio do campus, com uma peça de teatro lúdica que comparou a experiência das pessoas com deficiências a pássaros presos em gaiolas, que buscam a liberdade de alçar seus próprios voos.

A peça de teatro emocionou tanto os expectadores, quanto os próprios atores que não conseguiram esconder as lágrimas durante a apresentação.

“Que apresentação emocionante, que lindo assistir toda a dedicação deles em preparar algo tão delicado e sensível, superando suas próprias debilidades. E como foi bom ver que os estudantes aqui do campus assistiram compenetrados a cada ato do teatro, com empatia e carinho”, avaliou a coordenadora da CNapne, Viviane Traversin.

O evento teve seu encerramento com uma noite de lançamento do livro Antologias Poéticas, que conta com um poema de autoria do estudante do segundo ano do curso Técnico em Informática e pessoa autista, Patrick Willian Dolliny.

Durante o lançamento, Dolliny distribuiu autógrafos, enquanto os servidores da unidade declamavam vários poemas do livro.

Para Traversin, o evento alcançou o objetivo proposto e teve uma ótima recepção por parte da comunidade interna e externa do campus.

“Acredito que fomos muito felizes com tudo o que o evento trouxe, tivemos uma boa resposta dos nossos estudantes e os profissionais externos, que participaram, trouxeram experiências relevantes que enriqueceram a discussão. Já estamos empolgados para terceira edição do evento, em 2025”, finalizou Traversin.