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Os participantes do Instituto Federal do Paraná que irão para o Fórum Franco-Brasileiro “Ciência e Sociedade” – idealizado pela FioCruz, que pretende aproximar, desmistificar e divulgar a ciência – estão em processo de preparação para a viagem. Durante as duas semanas de estada, que começa no dia 11 de outubro, o grupo ficará inicialmente em uma escola agrícola no distrito de Corbie em Amiens, antes de partir para Arras.
São cinco alunos de campi distintos do IFPR: Assis Chateaubriand, Irati, Ivaiporã, Palmas e Paranaguá. Quanto à docente, a professora Ana Cláudia Radis foi a selecionada, do Curso Técnico em Agroecologia do Campus Irati, com o projeto “Instituto Federal do Paraná fortalecendo a troca de saberes entre o Brasil e a França”. O professor Frank Silvano Lagos, do curso superior de Bacharelado em Engenharia Agronômica do Campus Palmas – com o projeto “Horta Agroecológica escolar enquanto estratégia pedagógica” – viajará como suplente. Por ainda restarem vagas na escola que receberá os alunos, Frank pagará os custos de sua viagem para estar presente no evento, visto que o edital previa assistência para apenas um servidor. Quem também integra a comitiva é Renata Ferreira, Coordenadora de Relações Internacionais, visando a um estreitamento de laços entre as instituições e ajudando na comunicação. “Estamos com uma expectativa de aproximação com o governo francês, que possui grande interesse em parceria com as instituições de ensino brasileiras”, declara Renata, que se refere à Rede Brasil para Agroecologia, um braço do Ministério da Agricultura francês que conta com 16 escolas interessadas em realizar cooperação com o Brasil. A coordenadora esclarece que foram as escolas francesas anfitriãs que estipularam o número de participantes.
Pelo fato de a equipe ser multicampi, a preparação para a viagem está sendo feita por reuniões realizadas via videoconferência, e-mail e telefone. A professora Ana Cláudia afirma que os estudantes recebem tarefas pedagógicas voltadas às práticas agroecológicas no Paraná e no Brasil, que contribuirão para a discussão durante o Fórum e facilitarão a troca de experiências durante a estada na França.
A preparação para o evento envolve também estudos prévios, imaginando o que os participantes encontrarão em Corbie, além de leituras sobre Agroecologia. “A presença em um evento como este agrega muito para os participantes e para a instituição, pois é uma oportunidade ímpar de troca de saberes entre realidades tão distintas. Ao mesmo tempo que o IFPR tem a oportunidade de divulgar suas experiências, teremos a chance de conhecer novas e agregá-las em nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão, qualificando nossa práxis e facilitando o processo de cumprimento de nossa missão institucional”, relata Frank.
Quando retornar, a equipe deverá divulgar os conhecimentos obtidos na viagem, amplificando a todo o Instituto. Ana ressalta a relevância da continuidade do contato que será iniciado lá: “Haja vista as diferenças na pesquisa entre os dois países, será importante criar redes de informações não apenas durante o Fórum, mas devemos priorizar a permanência dessa rede para que outros professores do IFPR possam realizar contato com pesquisadores franceses para aperfeiçoamento de estudos através de intercâmbios”.
A aluna Mirelly Lacerda Pinheiro, do curso Técnico em Aquicultura do Campus Paranaguá, afirma que está difícil de segurar a ansiedade, depois da dedicação ao trabalho: “Quando vejo as fotos e lembro de tudo o que já fizemos, a expectativa aumenta mais, pois estou muito ansiosa para saber o que os franceses vão achar do que fazemos no Paraná e no Brasil e se vão gostar. Ao mesmo tempo, fico imaginando o que poderão nos ensinar e como poderemos aplicar e multiplicar essas experiências aqui no Brasil”.
O edital previu a seleção de estudantes em situação de vulnerabilidade, indo ao encontro das ações previstas pelo IFPR em seu compromisso com a transformação social. A sinergia do Instituto, aliás, é ressaltada por Ana, que lembra o envolvimento de todas as unidades, em especial a Pró-Reitoria de Ensino (Proens) e a Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação (Proepi), além de citar a ajuda dos professores dos demais campi no preparo dos discentes e na coleta de informações para a montagem de um banco de dados de pesquisas agroecológicas: “Sabemos das dificuldades em conseguir esse espaço e agradecemos por entenderem que a Agroecologia no IFPR vem ganhando destaque nacional em suas ações, e nós, como Instituição, devemos fortalecer essas iniciativas. Desejamos que essas oportunidades se ramifiquem nos diferentes eixos tecnológicos do Instituto”, afirma a docente.
E a troca de experiências não será somente com os franceses: “Conhecer pessoas novas também será muito importante, tanto da França quando do nosso próprio país, pois ainda não conheço os outros alunos e a professora que irá conosco, mas acredito que a convivência com os colegas será muito boa, pois temos várias coisas em comum, como estudar no IFPR, morar no Paraná e ter relação com a agroecologia. Ou seja, temos os mesmos assuntos para conversar e interesses em comum, o que tornará a convivência nesses dias muito mais leve”, finaliza Mirelly.]]>