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A palestra “Vamos falar sobre suicídio?”, integrante do projeto de ensino e extensão “Loucos pela Vida” do Campus Curitiba do Instituto Federal do Paraná (IFPR), aconteceu no dia 03 de dezembro na unidade.
O evento, ministrado pela psicóloga Aneliana da Silva Prado, que atua na Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe) do IFPR e publicou trabalhos nessa área, foi acessível em Língua Brasileira de Sinais (Libras) e contou com cerca de 200 participantes.
Dentre os assuntos tratados estavam: “Por que algumas pessoas se suicidam?”; “Quais são os mitos e as verdades sobre o suicídio?”; “Quais são os fatores de risco e de proteção para o suicídio?”; “O que fazer quando alguém próximo lhe diz que quer morrer ou já tentou se matar?”; “E se as ideias de suicídio forem suas, a quem recorrer?”. De acordo com a palestrante, o suicídio é a causa de mais mortes do que aquelas que ocorrem por homicídios, guerras e desastres naturais somados, e a estimativa é de ainda mais casos a cada ano.
“Apesar dos dados, esse é um assunto sobre o qual há um forte tabu. Porém, é um fenômeno que pode ser prevenido, por isso a importância de tratar sobre o suicídio. Especialmente no contexto do IFPR, temos alunos que, pela idade, enquadram-se na população de risco segundo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS), uma vez que o suicídio está entre as principais causas de morte em jovens (15 a 29 anos)”, ressalta Aneliana.
A psicóloga ainda afirma que a OMS aponta que os países os quais investiram em campanhas de prevenção conseguiram diminuir as taxas de suicídio, e a escola é vista como parceira.
Nesse contexto, o projeto de ensino e extensão “Loucos pela Vida” do Campus Curitiba, coordenado pela professora de Psicologia Adriana Pellanda Gagno, realiza atividades com temas ligados ao processo de saúde e doença mental com estudantes e servidores do Instituto. No primeiro semestre, o tema foi a luta antimanicomial; entre os trabalhos desenvolvidos, esteve a colocação de varais pelo campus, com frases que despertassem o questionamento sobre o que seria a suposta “normalidade” e o que seria loucura. Neste segundo semestre, foi abordado o tema do suicídio e a rede de atenção psicossocial, com – entre outras atividades – a elaboração de materiais de divulgação de informações.
“O projeto se iniciou neste ano, mas pretendemos torná-lo um ‘projeto permanente’, devido à grande receptividade no campus e na comunidade externa e às inúmeras possibilidades, visto que o tema do processo saúde e doença mental diz respeito a todos individualmente e favorece a análise de qualquer sociedade”, declara Adriana.
A docente afirma que a participação no projeto ajuda muito os participantes a observar a conexão existente entre questões tidas como individuais e as questões da coletividade, do momento histórico, da cultura na qual o sujeito está inserido. “Eu acho relevante falarmos sobre isso, ainda mais quando pessoas próximas tentam o suicídio, e isso é muito triste. Mas é importante saber que a gente pode tentar ajudar e ver que isso pode ter uma solução”, finaliza Emilly Margarida, aluna do Curso Técnico em Administração do Campus Curitiba.
Para saber mais sobre o projeto, envie um e-mail para loucospelavida.curitiba@ifpr.edu.br ou acesse a página no Facebook. ]]>