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A servidora Josiane Poleski, da Proepi, retornou ao IFPR nesta segunda-feira (14), depois de representar o Brasil junto a a seleção brasileira no Campeonato Mundial de Futsal para Surdos, realizado entre os dias 20 e 28 de novembro em Bangkok, na Tailândia. No outro lado do mundo e sob a liderança de Josiane, capitã do time, a equipe conquistou a medalha de prata, um feito histórico para a seleção em um campeonato mundial.
Josiane integra a seleção brasileira há quatro anos. A atleta foi capitã do time em outras duas ocasiões: nos Jogos Pan-Americanos para Surdos, em 2014, e no Campeonato Mundial de Futsal para Surdos de 2011, realizado na Suécia. “Fizemos de tudo, com toda raça, garra e vontade de jogar e vencer! Estamos muito satisfeitos por termos feito uma história extraordinária para o Desporto dos Surdos do Brasil e também com a bela campanha que fizemos, pois sabemos o quanto lutamos para chegar até onde chegamos. O objetivo da equipe, que era chegar até a semifinal, foi atingido e surpreendemos as outras seleções e a nós mesmos pela evolução e pelo vice-campeonato mundial, título inédito para a comunidade surda brasileira. Na história do Desporto de Surdo, uma seleção de esporte coletivo nunca esteve entre 4 melhores do mundo”, afirma Josiane.
A servidora relata, no entanto, que os desafios não se limitam ao desempenho do time em quadra. “Representamos o Brasil no mundial com recursos próprios, contamos apenas com um patrocínio”, afirma, referindo-se à empresa curitibana Goleiros de Aluguel, que patrocinou a compra de uniformes. A Confederação Brasileira de Desportos Surdos (CBDS) é a responsável pela organização do time.
Confira abaixo o depoimento da servidora sobre sua participação na Seleção:
“Incrível e inesquecível são as palavras com que defino o Mundial de 2015, na Tailândia, pois honramos com orgulho o Brasil. Estamos muito felizes, mesmo sendo vice-campeãs mundiais. Sentimos o sabor do ouro, porque em apenas 4 anos de trabalho, conseguimos saltar de último, em 2011 na Suécia, para segundo lugar em 2015! A equipe teve um trabalho árduo e paciente, sempre com amor, vontade, esforço, determinação, dedicação, união, confiança, sacrifício, foco, força, fé e persistência, superando todas as adversidades, obstáculos e dificuldades que encontramos no caminho. Destes, cito dois exemplos: uma vez por mês viajamos sempre de ônibus para treinamento da seleção em Jundiaí (SP). Algumas de nós viaja mais de 15h para concentração; em segundo lugar, não contamos com apoios financeiros para arcar com as despesas de nossa participação na Seleção. Então, fizemos de tudo: rifas, vaquinhas, empréstimos etc. Por isso, estamos satisfeitos e felizes com a campanha que fizemos no Mundial, mesmo com todo o esforço, valeu a pena!”
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Servidora do IFPR integra a seleção brasileira feminina de futsal para surdos.]]>