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[Notícia publicada em 30 de maio de 2016] Estudantes e professores do Campus Paranaguá participam das atividades do Programa de Conservação de Tartarugas Marinhas no Litoral Paranaense, ligado ao Programa de Recuperação da Biodiversidade Marinha (Rebimar), da Associação Mar Brasil.
O programa é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Ecologia e Conservação, do Centro de Estudos do Mar da Universidade Federal do Paraná (CEM/UFPR), e tem como objetivo o desenvolvimento de atividades de pesquisa ecológica e o monitoramento do comportamento migratório e de parâmetros de saúde de tartarugas marinhas juvenis conhecidas como tartarugas-verdes (Chelonia mydas) no litoral paranaense.
Entre o fim de maio e o início de junho, uma equipe de pesquisadores ligados a diversas instituições colaboradoras realiza a atividade de captura, instalação de um rastreador (conhecido como TAG) e devolução ao mar de exemplares de tartaruga-verde. “Para entender o comportamento e o uso dos ambientes por tartarugas-verdes juvenis no Litoral do Paraná, instalamos equipamentos de rastreamento por satélite. Assim, podemos acompanhar, em tempo real, onde as tartarugas estão, quanto tempo ficam no local e como utilizam os ambientes. É a primeira vez no Brasil que este trabalho é feito com tartarugas juvenis”, explica o professor Ariel Scheffer da Silva.
O Programa de Conservação de Tartarugas Marinhas no Litoral Paranaense é coordenado pela pesquisadora Camila Domit, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Além do Instituto Federal do Paraná, conta com a participação de outras instituições brasileiras e estrangeiras: o Projeto Tamar, a Univille, a Universidade Estadual Paulista (Unesp), o Batalhão de Polícia Ambiental de Paranaguá, a ONG Karumbé (Uruguai), o Programa Regional de Investigación y Conservación de Tortugas Marinas de la Argentina (PRICTMA), a Florida State University (EUA), a Duke State University (EUA) e a empresa holandesa Van Oord.
O professor Ariel e a professora Izabel Cavallet, do Campus Paranaguá, participam do projeto, desenvolvendo ações de apoio na captura e marcação dos animais e também na coleta de materiais biológicos para a avaliação das condições de saúde das tartarugas.
A participação dos alunos do Curso Técnico em Meio Ambiente se dará após a fase de campo. Em sala de aula, eles monitorarão as tartarugas por meio da internet e aprenderão mais sobre a ecologia da espécie. “Os estudantes poderão emitir alertas aos pesquisadores sobre a posição geográfica e as distâncias percorridas pelas tartarugas, entre outras informações”, destaca Ariel.