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Começou nesta quinta-feira (16) em Curitiba a Formação Presencial de Coordenadores de Pólo e Tutores Presenciais dos cursos técnicos a distância de Pesca e de Aqüicultura do Instituto Federal do Paraná (EAD/IFPR). O evento segue até sábado (17) e reúne cerca de 90 profissionais de todo o país envolvidos no cotidiano dos dois cursos, que são fruto de parceria com o Ministério da Pesca e Aquicultura.
O objetivo principal do projeto é elevar o nível de escolaridade e qualificar pescadores e aquicultores. A iniciativa visa contribuir na construção de um modelo de desenvolvimento sustentável para o setor pesqueiro, buscando a geração de emprego e renda, a preservação ambiental e a melhoria da qualidade de vida das comunidades que têm na Pesca e na Aquicultura sua principal fonte de renda.
Ao final dos cursos, que têm duração de dois anos e são desenvolvidos no âmbito do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação Jovens e Adultos (Proeja), os estudantes terão concluído o Ensino Médio e o curso técnico, com certificados emitidos pelo IFPR. As formaturas das primeiras turmas, que contam com cerca de dois mil alunos de todo o país, devem ser realizadas no final deste ano.
Desafios
De acordo com o professor Otávio Bezerra, coordenador do Curso de Pesca, as conversas com os tutores e coordenadores de pólo são fundamentais, tendo em vista os inúmeros desafios encontrados no trabalho com pescadores e aquicultores. “Estamos trabalhando com comunidades excluídas do processo educativo e das políticas públicas, pessoas que sempre tiveram dificuldades face à histórica falta de políticas governamentais”, explica. Segundo ele, o Brasil ainda possui 20 milhões de analfabetos, sendo que, no Nordeste, 80% dos pescadores artesanais ainda não foram alfabetizados. “Enquanto isso, o país dispõe de recursos naturais incríveis, muitos rios, uma costa imensa, por isso é importante fortalecer esse projeto, incluindo socialmente pescadores e aquicultores familiares e isso tudo começa pela Educação”, diz.
Metodologia
As teleaulas são ministradas nos estúdios do EAD/IFPR em Curitiba por um professor conferencista e são difundidas, via satélite, para municípios de 26 estados brasileiros. Um professor web auxilia o conferencista e, durante as aulas, responde a dúvidas e questionamentos dos alunos. Além disso, ainda existe a figura do tutor presencial, que faz a interação aluno-professor. Ele fica no pólo de apoio presencial (Telecentro Maré) durante todo o tempo da teleaula, dando suporte aos alunos e repassando as dúvidas para o professor web, além de oferecer ajuda e orientação extra-aula. Parte da carga horária do educando ainda é destinada à prática profissional.
Segunda fase
Durante a cerimônia de abertura do evento, comentou-se sobre a possibilidade de criação de uma segunda fase do projeto, iniciativa que está em fase de negociações e de planejamento. A proposta é a de ampliar o público-alvo para cerca de 10 mil trabalhadores da Pesca e da Aqüicultura de todo o país, utilizando as tecnologias e metodologias de Ensino a Distância do IFPR.
Presenças
Também participaram da Mesa de Abertura do evento de Formação de Tutores e Coordenadores de Pólo o diretor de Planejamento e Ordenamento da Pesca Artesanal do Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), João Dias Machado; o coordenador da Superintendência Estadual de Pesca e Aquicultura do Paraná, Luiz Antonio de Souza, além do reitor do IFPR, Irineu Mário Colombo; do pró-reitor de Ensino, Ezequiel Westphal; do diretor do Núcleo de Educação a Distância, José Carlos Cicarino; da coordenadora do Curso de Aquicultura, Adnilra Sandeski, entre outras autoridades.
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