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Mais de 300 estudantes de todo o IFPR estão em Curitiba nesta semana participando do I Seminário de Extensão, Pesquisa e Inovação. Nesta quarta-feira, muitos deles apresentaram os trabalhos que vem desenvolvendo em seus câmpus. As iniciativas surpreendem pela inovação e também pela leitura dos estudantes sobre o contexto social. “Os trabalhos são de altíssimo nível e isso está sendo uma boa surpresa: estão aqui trabalhos premiados em outras feiras nacionais e regionais, o que é extremamente interessante e traz para os demais estudantes uma dimensão de tudo o que estão sendo produzido nos câmpus”, comenta o pró-reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação do IFPR, Silvestre Labiak Júnior.
Ouça a entrevista com o professor Labiak:
Um desses trabalhos se chama “Da arte narrativa tradicional à virtual: leitores e jogadores” e foi desenvolvido pelos estudantes Wilson Roberto Vitorino Junior e Antonio Henrique Bastos Cordeiro com a orientação da professora Vanessa Lopes Ribeiro. Os dois alunos são do último ano do curso técnico de Jogos Digitais ofertado pelo Câmpus Curitiba na forma integrada ao Ensino Médio. Eles compõem a primeira turma do curso que irá se formar pelo IFPR e desenvolveram o jogo para incentivar estudantes do Ensino Fundamental e Médio à leitura de textos literários. “Tendo em vista que as pessoas com essa faixa etária gostam tanto de jogar, pensamos em um jogo que tivesse o intuito de ser educacional e também de mostrar os contos, incentivando a leitura por meio do texto virtual”, comenta Antonio.
Para cumprir este objetivo, toda a narrativa do jogo, que tem a parte gráfica toda em 3D, é baseada em clássicos literários do terror. “Não são, exatamente, as histórias dos contos originais, mas o jogo traz várias referências a eles de forma bastante explícita”, explicam os estudantes. “Pretendemos criar um site e distribuir o produto para estudantes da oitava série e do Ensino Médio de escolas públicas e particulares, ou seja, um público que, em muitas casos, pode não ter gosto pela leitura”, conta Wilson. O projeto deve continuar com as próximas turmas do curso, que irão promover uma série de testes com o público-alvo do produto.
Este trabalho foi agraciado com o trofeu de menção honrosa como melhor trabalho na categoria inovação na I Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (FICIÊNCIAS), promovida neste ano em Foz do Iguaçu. Os dois estudantes ainda foram escolhidos pelo conjunto de avaliadores para compor a equipe brasileira que desenvolverá atividades de pesquisa no Parque Tecnológico de Itaipu (PTI) em janeiro de 2013.
Ouça a entrevista com os dois alunos do Curso de Jogos Digitais do Câmpus Curitiba:
Novo material para a construção civil
Já os alunos Gustavo Martini e Bruna Simi, do segundo ano do curso técnico em Edificações, ofertado na forma integrado ao Ensino Médio, Câmpus Foz do Iguaçu, estão desenvolvendo um novo material para a Construção Civil que, além de dar destinação apropriada a grandes quantidades de vidro também poderão oportunizar uma redução da extração de mármore e granito, atividade econômica que também agride a natureza. “O bloco de vidro ficará com aspecto de granito e poderá ser utilizado em bancadas, pisos e paredes”, explica Bruna. “As empresas não querem reciclar o vidro porque compensa mais fazer vidro novo”, comenta a estudante, reforçando a importância de iniciativas como a deste trabalho para amenizar os danos causados à Natureza devido a este tipo de atividade extrativista.
“Produzimos o bloco como se ele fosse um concreto normal, mas no lugar da areia colocamos vidro e também pó de mármore, que também é um subproduto da industria do mármore e do granito”, explica Gustavo.
Os dois estudantes pretendem efetuar o registro de patente do produto assim que finalizarem os testes. Ouça a entrevista com eles na íntegra:
Citologia para pessoas com deficiência
A estudante Gabriela Mendes, do primeiro ano do curso técnico em Eletrônica integrado ao Ensino Médio, Câmpus Curitiba, está desenvolvendo um jogo de Citologia acessível a cegos e surdos. “A ideia é que as pessoas possam jogar e aprender juntas, sejam elas deficientes auditivas, visuais ou até mesmo pessoas sem deficiência”, conta Gabriela. “Com o jogo, imaginamos que a compreensão do tema Célula Animal seja muito faz fácil”, diz.
O produto está sendo produzido em E.V.A e, durante o seu desenvolvimento, poderá ser adaptado a outros suportes físicos mais eficazes. A ideia é a de que até o mês de dezembro o jogo esteja finalizado.
Ouça a entrevista, na íntegra, com a estudante Gabriela Mendes:
Sepin
O I Seminário de Extensão, Pesquisa e Inovação está sendo realizado na Unidade João Negrão do Câmpus Curitiba. O evento, que reúne a comunidade acadêmica de todo o IFPR, termina nesta quinta-feira (6).