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IFPR atrai alunos de outras cidades que buscam mais qualidade no ensino

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Mais uma reportagem sobre o Campus Avançado de Barracão em um jornal regional:

No vestibular deste ano, do campus de Barracão do Instituto Federal do Paraná – IFPR, foram 114 candidatos inscritos, disputando 41 vagas, para o Segundo Grau Técnico em Administração.

O que leva alunos a virem de cidades da região, como Ampére, Santo Antonio do Sudoeste e Guarujá do Sul, a ingressarem no IFPR, quando poderiam cursar o Segundo Grau em suas cidades.

Para saber um pouco mais desses objetivos e propósitos, passei uma tarde no campus, e conversei com as alunas, Rahissa Gabriela Leita, de 15 anos, de Santo Antonio do Sudoeste-PR; Mariane Isabelly Casaril, de 14 anos, de Guarujá do Sul-SC, e Elisandra Morinel, de 16 anos, de Ampére-PR.

Qualidade

Optar por um Segundo Grau de melhor qualidade, de maior aprendizado e preparação, e com formação técnica, resume as justificativas apresentadas pelas três alunas. “Em minha cidade, tem Segundo Grau com Administração, mas apenas no terceiro ano. Aqui, o curso tem duração de quatro anos, um ano a mais, com o trabalho focado na formação técnica nos quatro anos”, enfatizou Rahissa.

Elas disseram que optaram por um curso melhor, com mais qualidade no ensino e com uma proposta de atuação diferenciada por parte dos professores e dos alunos. “Trata-se de um instituto federal, e isso já é um grande diferencial e outro nível de ensino. Os professores são mais habilitados, a estrutura é melhor e a atenção com os alunos é total. Os professores tem atuação exclusiva no campus e dedicação contínua com os alunos, com os conteúdos sendo muito mais aprofundados e o aprendizado rende mais e é mais efetivo, é melhor e mais eficaz. Um dia por semana, os professores e alunos ficam o dia todo no campus. Eles atendem os alunos, esclarecem dúvidas, acompanham os trabalhos práticos e assessoram no que for necessário. Os professores querem, realmente que os alunos aprendem e que os quatro anos não sejam apenas uma passagem, que a gente faz porque é obrigado a fazer. Aqui a gente aprende mesmo”, ressaltou Elisandra Moriel.

Outro grande diferencial citado pelas alunas, é que as aulas não são “mecânicas” e monótonas. “Os professores não ficam em sala de aula lendo o conteúdo dos livros. São aulas explicativas e expositivas, que não se baseiam em leituras. Os livros, a gente usa basicamente para trabalhos de casa, para pesquisas e para complementar as explicações. Fizemos muitos trabalhos práticos, como maquetes, cartazes e outros, sobre os conteúdos repassados, para complementar o aprendizado teórico”, destacou Mariane Isabelly Casaril.

Acesso

Rahissa e Elisandra disseram que conheceram o IFPR através da divulgação que uma equipe do Instituto fez em suas escolas. “Nós não sabíamos que havia essa opção aqui na região e os nossos professores não falaram disso para nós”, salientaram.

Já Mariane explicou que sua mãe sabia da existência do IFPR em Barracão e que já tinha decidido, antes mesmo da vinda da equipe em sua escola, a fazer a sua inscrição para o vestibular.

Realização

As três meninas afirmaram que ao ingressarem no IFPR, perceberam as muitas diferenças que existem em relação aos colégios em que estudavam e que elas são muitas e positivas. “As melhorias são em todos os aspectos e valeu à pena fazermos esta opção e estarmos hoje cursando o IFPR”, disseram.

Elas ressaltaram que uma das coisas que mais chamou a atenção foi o grau de aprendizagem. “Nós assimilamos muito mais os conteúdos, que são bem mais aprofundados e explicados. Valeu a pena termos feito esta escolha e estarmos fazendo este esforço pelo estudo, pela melhor formação, por participar de projetos de pesquisa e extensão. Tudo isso é gratificante e realizador. Acho que alunos que realmente buscam algo a mais, uma melhor formação, e não apenas passar pelo Segundo Grau, acabam buscando opções como o IFPR”, enfatizou Rahissa.

Dia a Dia

Rahissa vem e volta de Santo Antonio do Sudoeste, com ônibus de linha, todos os dias. O custo da passagem é bancado por sua família.

Já as famílias de Elisandra e Mariane optarem em alugar um apartamento em Dionísio Cerqueira, onde as duas meninas estão morando. As mães delas vem um dia por semana ficar com elas.

As três destacaram que esse empenho a mais, de locomoção todos os dias, ou de ter que “se virar” com a própria manutenção, o que é também uma experiência nova e um desafio para elas, além do custo investido pela família, está valendo a pena, pela qualidade do ensino e do aprendizado que elas estão frequentando. “Estamos satisfeitas e realizadas”, disseram.

Bolsa de Manutenção

Elisandra e Mariane se inscreveram para obter bolsa de auxílio de custo para manutenção. Mariane não se inscreveu.

Todo o início de ano, o IFPR abre um edital, para que alunos interessados em bolsa de auxílio para transporte, manutenção e habitação possam se inscrever. A solicitação é avaliada por uma assistente social do Instituto, que defere, ou não, a bolsa, mediante a necessidade de cada um e a disponibilidade de bolsas a serem concedidas.

Carreira

As meninas disseram que pretendem terminar o Segundo Grau Técnico em Administração aqui no IFPR, pois terão uma formação que as qualificará para enfrentar qualquer vestibular e para ingressar no mercado de trabalho. Rahissa pretende seguir na carreira de Administração.

Mariane está ainda em dúvida entre Direito e Administração, e Elisandra vai seguir a carreira de Direito. “Mas, em todas as atuações, a Administração será fundamental”, afirmaram.

IFPR

O Campus de Barracão do Instituto Federal do Paraná – IFPR, está em seu segundo anos de existência, já com duas turmas. “Somos ainda recém-nascidos”, disse o diretor do campus, professor Valdenir Iotti.

A proposta do IFPR é preparar o estudante, da melhor forma possível, para o mercado de trabalho, oferecendo educação de qualidade e estimulando e permitindo a participação em projetos de pesquisa e extensão, e à iniciação científica.

Ele afirmou que o campus tem 12 docentes, de 40 horas, com dedicação exclusiva ao campus. Além das aulas, eles desenvolvem também projetos de pesquisa e extensão, e este é um dos grandes diferenciais que o IFPR oferece. “A procura pelo conhecimento é constante e são muitos os projetos de pesquisa e extensão em andamento, evolvendo alunos, que recebem bolsa de iniciação científica, e também têm a participação de alunos voluntários, que não ganham bolsa, mas ampliam seus conhecimentos”, explicou Iotti.

Ampliação

O diretor ressaltou que entrando apenas em seu segundo ano de atuação, o Campus de Barracão do IFPR já está consolidado, e o projeto de ampliação está tramitando, com boas perspectivas.