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Entre os dias 07 e 09 de dezembro, estudantes, professores e coordenadores de projetos do Pibid dos campi de Palmas e Paranaguá do Instituto Federal do Paraná participaram do I Seminário do Pibid, I Seminário Parfor e I Encontro das Licenciaturas da Região Sul, em Lages (SC).
O evento reuniu dois mil participantes da região sul, oportunizando discussões e reflexões sobre os impactos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid), do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (Parfor), e do Programa de Educação Superior para o Desenvolvimento Regional (Proesde) na formação docente inicial e continuada. Foram diversas palestras que trataram da formação de professores: perspectivas, políticas públicas, diretrizes curriculares nacionais e base nacional comum curricular.
O seminário ainda proporcionou a participação dos alunos na feira de objetos e aprendizagem, em rodas de formação, oficinas, exposições, feira de livros, roda de chimarrão, momentos culturais e uma passeata pela educação – a “Avança Pibid”, que foi da Universidade do Planalto Catarinense (Uniplac) até o centro de Lages com o objetivo de fortalecer o Programa por meio de sua exposição à comunidade externa.
Os alunos de iniciação à docência dos campi de Palmas e Paranaguá do Instituto apresentaram 37 trabalhos nas rodas de formação, permitindo a troca de experiências e o compartilhamento de metodologias inovadoras de ensino.
De acordo com a professora Sandra Inês Angnes, coordenadora institucional do programa no Campus Palmas, as palestras e discussões em roda permitiram reflexões e algumas conclusões sobre os principais impactos do Pibid:
1- Iniciação a Docência: permite que o licenciando estabeleça uma relação completa com a escola da educação básica; aprenda a trabalhar em equipe; tenha maior convivência na universidade; amplie seu repertório; aproprie-se das normas cultas da língua portuguesa; tenha vivência democrática; produza conhecimento; debata práticas docentes; desenvolva projetos, oficinas e grupos de estudo; tenha aulas dinâmicas em lugares alternativos; preocupe-se com a diversidade etc.
2- Na universidade: criam espaços para as Licenciaturas; desenvolvem os currículos; aproximam as áreas e criam diálogos; constroem relações assimétricas (relações entre alunos bolsistas, supervisores e coordenadores); aproximam a universidade da escola; produzem pesquisa com a escola e sobre a escola.
3- Supervisores: assumem co-formação com os bolsistas; entram em processo de formação continuada; voltam à universidade com mais frequência; melhoram a autoestima; aproximam a prática à teoria com maior frequência.
4- Educação Básica: permite estabelecer parcerias e redes com a universidade.
5- Formação docente: o programa permite implicar-se com o outro; implicar-se com a formação e implicar-se com a escola, o trabalho coletivo e em rede.
As rodas de formação possibilitam pensar em outra relação entre estudantes e conhecimento, entre alunos e educadores e alunos entre si, compreendendo que a construção de conhecimento não se dá através de uma “doação” ou “transferência”. Nesse sentido, contribuições de autores como Vygotsky, Luria, Freire, entre outros, mostram que os sujeitos aprendem em movimentos de interação e interlocução, em ações que envolvem compreensão e compartilhamento.]]>