Campus Ivaiporã realiza sua primeira mostra “Art-Ideologia”
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A semana do dia 15 ao dia 19 foi de valorização da arte no Campus Ivaiporã. Durante esse período, a unidade realizou sua I Mostra Art-Ideologia, com o intuito de promover reflexões e questionamentos através da união da Arte Antiga, a partir de mosaicos bizantinos, com a Arte Contemporânea, por meio de instalações.
O evento foi organizado pelos alunos dos cursos técnicos integrados do campus, sob a curadoria do professor Mauricio Marcelino de Lima. “A arte é um processo constante de diálogo entre o formal, o concreto e o imaginário”, afirma o docente. “Ela suscita indagações e desperta explicações multifacetadas de opiniões, críticas e visões de um ou mais mundos, da sociedades e de momentos históricos”, completa.
Conforme os organizadores, a mostra procurou narrar como há dualidades no tratamento da arte ao longo dos séculos, partindo do estilo bizantino, quando sua função era catequizar, utilizando-se de recursos ópticos ligados às sensações promovidas pelas cores e o tratamento das formas, que simbolizavam a riqueza e a supremacia daqueles que detinham o poder – como a igreja e a figura do rei – , e a intenção reflexiva e dinâmica da produção contemporânea. “Existe, assim, uma contraposição na ideia da arte como produção ligada a funções e características imutáveis. A partir dessa problemática, tivemos a ideia de integrar, num mesmo evento e ambiente, instalações artísticas de cunho contemporâneo, ligadas a temáticas diversas, como a política, o meio ambiente e a tecnologia, promovendo uma experiência estética diferenciada, através de embates e debates, desobrigando o artista e o expectador a estarem ligados a parâmetros inflexíveis, nos quais não é possível interagir ativamente e decisivamente com a obra artística, contrariando a ideia de arte como instrumento de disseminação da fé, como no período bizantino”, ressalta Maurício.
As obras expostas, de autoria dos estudantes do Campus Ivaiporã, demonstram que a arte pode estar implícita em objetos, em principío, não artísticos. São as experiências e a realidade dos observadores que poderão determinar o significado final da composição.