Curso de Agroecologia promove a 1ª Feira de sementes crioulas – Instituto Federal do Paraná

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Curso de Agroecologia promove a 1ª Feira de sementes crioulas

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No próximo dia 30 de julho os alunos do curso de Agroecologia do IFPR – Câmpus Telêmaco Borba realizarão a 1º Feira de Sementes Crioulas de Ortigueira, com início às 09h, no ginásio de esportes Litinho, no Câmpus Telêmaco. O evento pretende mobilizar cerca de 500 agricultores familiares camponeses e indígenas para troca de sementes crioulas da região – como milho, feijão, abóbora e também sementes de flores, árvores, hortaliças e raízes.

“A importância da feira é a criação de um espaço para as sementes crioulas destacando sua importância econômica e cultural, o fortalecimento de práticas tradicionais agroecológicas, além de reforçar a discussão do modelo baseado no agronegócio e nas sementes transgênicas”, explica o professor João Luis Dremiski, do Câmpus Telêmaco Borba.

O evento terá periodicidade anual e ocorre em parceira com a Prefeitura de Ortigueira, o Sindicato dos Trabalhadores Rurais e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). A participação de instituições governamentais também está sendo estimulada para apresentação de políticas públicas direcionadas ao setor.

Semente crioula

Sementes crioulas são sementes oriundas de gerações anteriores à implementação do produto transgênico e industrializado na agroeconomia brasileira, desenvolvidas pelos próprios agricultores. Também são consideradas crioulas aquelas sementes oriundas de melhoramento oficial, mas que se encontram em cultivo e reprodução pelos agricultores há muitos anos e não terem sofrido contaminação ou alterações genéticas.

As feiras de sementes crioulas são realizadas atualmente em diversas cidades do país, geralmente promovidas pelos Sindicatos do Trabalhadores Rurais de cada região e por outras associações e organizações de agricultores familiares em continuidade à cultura dos encontros de sementes crioulas promovidas antigamente por agricultores familiares.

Os agricultores promoviam a troca de sementes crioulas para melhorar a qualidade de sua plantação uma vez que a variedade de espécies de sementes equilibra a disponibilidade de nutrientes da terra, evitando assim a “erosão genética”. Os encontros também buscavam promover o intercâmbio das práticas utilizadas no campo visando uma maior lucratividade.

Fonte: Câmpus Telêmaco e Ascom

 

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