Campus Avançado Coronel Vivida promove o segundo curso de português para a comunidade haitiana

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No dia 18 de março, teve início o segundo curso de Português Língua Adicional para os haitianos residentes em Coronel Vivida e região. As aulas, oferecidas pelo Campus Avançado Coronel Vivida, estão acontecendo no espaço cedido pelo Colégio Estadual Arnaldo Busato, na região central da cidade. Para dar as boas vindas aos estudantes, estiveram presentes […]

No dia 18 de março, teve início o segundo curso de Português Língua Adicional para os haitianos residentes em Coronel Vivida e região. As aulas, oferecidas pelo Campus Avançado Coronel Vivida, estão acontecendo no espaço cedido pelo Colégio Estadual Arnaldo Busato, na região central da cidade.

Para dar as boas vindas aos estudantes, estiveram presentes no primeiro encontro, o diretor do colégio, professor Cleverton Silva, o secretário de cultura do município, Alexsandro Pedroso e o diretor-geral do campus, professor Evandro Leonardi. O curso intitulado “Português Língua Adicional (PLA) para a comunidade haitiana” – organizado na modalidade de projeto de extensão – foi uma iniciativa da docente de Língua Portuguesa e Espanhola, Izabel da Silva. Segundo a professora, o principal objetivo do projeto é “ampliar a inserção da comunidade haitiana nas práticas sociais de Coronel Vivida, por meio da participação dos estudantes em práticas e eventos de letramento em língua portuguesa”.

O projeto de extensão conta com a contribuição voluntária do estudante haitiano, James Suffrard, no desenvolvimento das aulas. Este segundo curso, além de ampliar o conhecimento e proficiência em língua portuguesa, será voltado à preparação dos estudantes haitianos para realizarem o exame Celpe-Bras (Certificado de Proficiência em Língua Portuguesa para Estrangeiros). Comenta a professora, que o exame é de suma importância para os estrangeiros residentes no Brasil, devido “à sua obrigatoriedade para a revalidação de diplomas profissionais e para a entrada de estudantes estrangeiros na graduação”.

As dificuldades para estudar português

A mobilidade haitiana, no Brasil, teve início a partir de 2010, quando o Haiti foi devastado por uma catástrofe natural. Os imigrantes têm como língua materna o kreyòl haitiano e/ou o francês, línguas oficiais no Haiti. No entanto, quando chegam ao Brasil, acabam encontrando dificuldades de interação e inserção nas comunidades de fala brasileira, o que explica a grande procura por cursos de língua portuguesa, devido à “barreira” linguística. Para James Suffrard (41), voluntário no projeto e aluno do Curso Técnico em Segurança do Trabalho – modalidade EaD (IFPR), as dificuldades para aprender português foram muitas. De acordo com o estudante, a primeira tentativa para aprender a língua foi através de um curso pago pelos haitianos, mas como o salário era pouco, acabaram desistindo. James explica que a empresa, em que muitos haitianos trabalham na região, também tentou abrir um curso com aulas aos sábados. “Como a firma estava crescendo começou a colocar horário extra no sábado, e como o salário era pouco para se sustentar aqui e ajudar a família e parentes, no Haiti, todos foram atrás do horário extra, apesar da vontade de falar”, lembra Suffrard. O estudante finaliza dizendo, que as aulas de português no IFPR estão respondendo ao que os haitianos precisam, “porque é totalmente de graça e o horário também, não vai atrapalhar nosso estudo. A professora se esforça muito para que todos aprendam em pouco tempo”.

Para mais informações, os interessados podem entrar em contato com o campus, pelo telefone (46) 3232-2960 ou com a professora pelo e-mail: izabel.silva@ifpr.edu.br .