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A atenção ao próximo e às demandas locais é um dos elementos motivadores em diversas produções científicas do IFPR na VI Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias). O evento acontece de 07 a 10 de novembro, em Foz do Iguaçu. As fotos do evento estão na página do Facebook da reitoria.
Ademilson da Silva Júnior e Isabelli Edina Lima Sonda produziram dois aplicativos como resultado de suas pesquisas para ajudar a saúde das pessoas.
Ele é estudante do curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, do Campus Jacarezinho, e está presente com o trabalho “Medicaliza: agiliza. Facilita. Localiza”. O produto é um aplicativo que mapeia as farmácias populares visando otimizar o tempo de procura de medicamentos dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Por meio de um software, o usuário tem acesso à localidade, disponibilidade, bula e a outras informações importantes sobre o assunto. “Também pensando nos idosos e nas pessoas que não têm acesso à internet, pretendemos colocar o software na recepção dos postos de saúde para que, logo que saírem da consulta, eles já consigam saber onde tem os remédios, contando inclusive com a ajuda do recepcionista”, declara.
Isabelli é aluna do curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, do Campus Assis Chateaubriand, e desenvolveu um aplicativo para tratamento de pacientes hipertensos que visa reunir informações que podem interferir no tratamento de um paciente, possibilitando que o médico faça uma análise mais completa. “Minha inspiração foi a paixão pela medicina, por ajudar outras pessoas e por ter casos de hipertensos na minha família. Além disso, 15% da população brasileira é hipertensa”, afirma a discente autora do projeto “.
Também relacionado à saúde, mas dessa vez dos animais, a discente Maria Gabriela de Oliveira, do Campus Ivaiporã estudou, no projeto “Produção de leite com práticas agroecológicas de baixo custo”, como ajudar os produtores rurais a reduzir os custos e aumentar os lucros na produção de leite: “a demanda surgiu da mãe de uma colega que também está no trabalho e pediu nossa ajuda, pois estava tendo muito gasto na produção de leite”. Com isso, as colegas desenvolveram remédios homeopáticos para tratamento de verrugas, carrapatos, mastite e outras doenças. Aliado aos produtos, foi necessária a conscientização por meio de palestras, oficinas e comprovação dos resultados. “Eu mesma resolvi testar no meu cachorro e quando vi que deu certo fiquei muito empolgada e tive a certeza do nosso método”, declara Maria Gabriela, aluna do curso técnico em Agroecologia integrado ao Ensino Médio.
A atenção ao próximo também está presente na sala de aula. Projetos dos campi União da Vitória, Umuarama e Foz do Iguaçu se inspiraram nas dificuldades dos colegas de IFPR.
Bruna Miguelissa e Elizandra Ritzmann Dalpra desenvolveram no projeto “Oficina de matemática: trena com roda versão digital” uma trena com rodas, com objetivo de aferição de medidas de forma mais precisa. O próximo passo das estudantes do curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, do Campus União da Vitória, é adaptar o produto para cegos. “Temos uma colega cega e ela foi inspiração pra nós, pois convivendo com ela passamos a pensar mais na questão da acessibilidade”, afirma Elizandra.
Já Maria Luiza Beltrão pensou no colega surdo. A aluna do curso técnico em Informática integrado Ensino Médio, do Campus Umuarama, participa do projeto “Produção de material educativo de biologia na língua brasileira de sinais”, que cria verbetes na língua de sinais de termos específicos da Biologia. O trabalho iniciou na sala de aula e se expandiu para internet, ficando à disposição de todos com a divulgação por meio de site e redes sociais. “Começou com o Fábio [colega surdo] e foi se espalhando. Esperamos que chegue para muitas pessoas”, comemora a estudante.
“Vamos concluir nosso curso este ano, mas queremos ajudar os próximos alunos do IFPR”, assim declaram Dalva Machado Ferreira e Matheus Luan Brito, discentes do curso técnico em Informática integrado ao Ensino Médio, do Campus Foz do Iguaçu. Os estudantes criaram um software, por meio do projeto “A²e – agenda escolar automatizada”, que visa resolver embates de datas de avaliações. O aplicativo é uma agenda com limite de atividades por dia, a ser definido pela seção pedagógica, que será utilizado para cadastro pelos professores e avaliado pelos alunos.
Os alunos do curso técnico em Mecânica integrado ao Ensino Médio, do Campus Curitiba, Diego Murilo Mainardes, Nicolas Srour e Isaías Molinari criaram um protótipo de aerogerador vertical para iluminar a quadra do campus. “Além de gerar energia é silencioso, ideal pro ambiente escolar”, finalizam os discentes do projeto “Isarehs – projeto de aerogerador para iluminação de quadras recreativas”.
Os discentes Luan, Bernardo, Leonardo, Vivian e Camila utilizaram questões de suas regiões como objeto de estudo.
“É legal estar nessa feira mostrando com orgulho o lugar de onde vim, mostrando a cultura da minha região. Quero instigar as pessoas para conhecerem suas próprias culturas, que é pela cultura e pela história que construímos uma sociedade mais justa”, afirma o aluno Leonardo Vieira, do curso técnico em Eletromecânica integrado ao Ensino Médio, do Campus Campo Largo. Pelo projeto “Novos olhares para o museu histórico de Campo Largo”, ele desenvolveu um site para divulgar o museu da região e um curso semipresencial sobre Educação patrimonial destinado a professores do Ensino Fundamental.
Já Bernardo Bieger e Luan Barichello, do curso técnico em Administração integrado ao Ensino Médio, do Campus Avançado Barracão, levam experimentos a escolas e locais públicos. Outra opção do projeto “Experimentoteca itinerante da trifronteira” é disponibilizar kits prontos aos professores, com produtos e materiais de apoio para as cidades da região do Brasil e Argentina.
E o meio ambiente também esteve nesta edição. Do Campus Jaguariaíva, as irmãs Vívian dos Santos e Camila dos Santos, do técnico em Biotecnologia integrado ao Ensino Médio, trouxeram opções para diminuir o impacto ambiental do fluido de corte, utilizado para usinagem, por meio do trabalho “Potencial uso de bactérias desemulsificantes na primeira etapa de tratamento de fluido de corte”.
A premiação acontecerá na manhã desta sexta-feira (10).
O IFPR teve 47 finalistas, mas contou com três ausências no evento. Alguns projetos contam com vários autores, mas nem todos estiveram presentes. Confira a lista de todos os projetos que estão na VI Ficiencias:
Assis Chateaubriand
Barracão
Campo Largo
Coronel Vivida
Curitiba
Foz do Iguaçu
Ivaiporã
Jacarezinho
Jaguariaíva
Paranaguá
Paranavaí
Umuarama
União da Vitória