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Docentes e técnicos discutem política de formação de professores do IFPR

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Servidores da Reitoria e dos campi estão envolvidos em uma série de estudos a respeito da política de formação de professores do IFPR. Eles compõem um grupo de trabalho que, desde o ano passado, discute a construção e reestruturação dos cursos de licenciatura.

Eles se reuniram mais uma vez nesta quinta-feira (07), por meio de videoconferência. Além dos integrantes do GT Licenciaturas, participaram do debate diretores de ensino, pesquisa e extensão de campi, coordenadores de ensino, coordenadores de cursos de licenciatura e representantes da Pró-Reitoria de Ensino (Proens) e da Pró-Reitoria de Extensão, Pesquisa e Inovação (Proepi).

No encontro, foram debatidas questões referentes ao que estabelece a resolução do Conselho Nacional de Educação (Resolução CNE/CP nº 02/2015), que trata das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica.

Em seu artigo 12, essa resolução propõe que a organização curricular dos cursos de formação de professores para a Educação Básica (licenciaturas) seja pensada em forma de núcleos de estudos que possibilitem a integração curricular.

O documento estabelece três núcleos: Formação Geral, Aprofundamento e Integração.

“Com essas diretrizes, temos o desafio de romper com uma cultura de trabalho no campo disciplinar: trabalhar com núcleos nos convoca a buscarmos na amplitude e no desafio do trabalho produtivo. É uma arquitetura que requer também uma reorganização das condições de trabalho, do tempo e do espaço escolar”, contextualiza o técnico em assuntos educacionais Luiz Aparecido de Souza, coordenador do GT.

Para a diretora de ensino superior e pós-graduação da Proens, Mirele Jacomel, em consonância com o que estabelece o Plano Nacional de Educação (PNE), a Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, o espírito das novas diretrizes é o de preparar os estudantes das licenciaturas para as necessidades da Educação Básica, estruturando um Projeto Nacional de Educação. “Esse projeto nacional precisa ser refletido e considerado no projeto institucional, por isso precisamos discutir um plano de desenvolvimento institucional que reconheça essa formação, que é interdisciplinar e, ao mesmo tempo, direcionada à docência”, afirma.

“Apesar de a resolução do CNE trazer elementos a serem incorporados pelos cursos de licenciatura, como novos conteúdos ou abordagens, a ideia é a de que não sejam criadas novas disciplinas, mas que haja, a partir da ideia de núcleos, uma maior integração entre as diferentes etapas da formação de um professor”, explica o pró-reitor de ensino, Ezequiel Westphal. “A possibilidade temática de integração dessas áreas de conhecimento, entre outras questões, possibilita que saiamos da angústia do ‘quantitativo do tudo’ e qualifica na quantidade as opções formativas que o aluno passa a ter”, diz.

Opinião semelhante tem a professora Vânia Maria Alves, do Campus Palmas: “A perspectiva de trabalho é que é diferenciada, então, na nossa compreensão, não necessariamente todas as temáticas propostas na resolução devam entrar numa ‘caixinha’ e se transformar num componente curricular com determinada carga horária”.

A partir do artigo 12 da resolução do CNE, a Proens e o GT Licenciaturas produziram um documento explicativo que traz para a realidade do IFPR o que preconiza a resolução. Esse conteúdo foi o objeto central da videoconferência realizada nesta quinta-feira. O tema continua em discussão e deve subsidiar o debate para a elaboração de uma minuta da Política de Formação dos Profissionais do Magistério da Educação Básica do IFPR.

Leia mais

Parecer CNE/CP Nº: 2/2015 – Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação Inicial e Continuada dos Profissionais do Magistério da Educação Básica.

Portaria que institui o GT Licenciaturas.

Atas e documentos das reuniões .