Entre as melhores do Brasil, equipe de robótica apoiada pelo IFPR se classifica para competição internacional

Apoiada por projeto de extensão do Campus Curitiba, a equipe de robótica Conectados, formada por dez estudantes da Escola Municipal Coronel Durival de Britto e Silva, está entre as 15 melhores escolas públicas e privadas do país.

Os estudantes conquistaram, no último fim de semana (19 e 20 de março), o prêmio Gracious Profissionalism, durante a etapa nacional do “Torneio de Robótica First Lego League” (FLL), promovido pelo Serviço Social da Indústria (Sesi) em Brasília. O bom desempenho classificou a equipe para a etapa mundial, que acontecerá nos  dias 29 e 30 de abril deste ano em Saint Louis (Missouri), nos Estados Unidos.

Segundo o professor Marcos Laureano, do Campus Curitiba do IFPR, a conquista dos estudantes é inédita para a educação do Paraná. “Desde que a FLL começou a ser organizada pelo Sesi em nível nacional, é a primeira vez que uma equipe de escola pública consegue este feito”, comenta.

O projeto de extensão “Desenvolvimento de oficinas de robótica para professores de escolas públicas de Curitiba” é desenvolvido no IFPR desde 2014. Atualmente, além da Durival de Britto e Silva, oferece suporte a outras cinco escolas municipais, além de prestar consultoria para professores de outras escolas públicas de Curitiba e região que se interessam por Robótica.

De acordo com o coordenador, professor Marlon de Oliveira Vaz, o projeto está estruturado em diferentes etapas. Uma das primeiras consiste no treinamento oferecido a alunos bolsistas do próprio IFPR. “Eles recebem capacitação específica na área de Robótica para participarem de competições internas, regionais e nacionais e, além disso, repassam o que aprenderam aos estudantes das escolas públicas que participam do projeto”, explica. Os professores das escolas municipais ainda têm aulas e oficinas com docentes do IFPR, como, por exemplo, de programação e construção de robôs.

Desempenho escolar

Os docentes do IFPR destacam a relevância do ensino e da pesquisa em Robótica. Para eles, os estudantes que se interessam pela programação e montagem de robôs incrementam de maneira significativa os seus processos de ensino-aprendizagem. “Mesmo que depois não sigam o caminho da Robótica, o que eles constroem é levado para a vida toda: aprendem a trabalhar em conjunto, a estudar, a ser autodidatas e, quem sabe, no futuro, podem vir a se aprofundar em outros campos do conhecimento, como as engenharias, Informática, Eletrônica, Mecânica, Eletrotécnica etc”, diz o professor Marcos Laureano. “Conversando com os professores do Ensino Fundamental, temos percebido que esses estudantes acabam desenvolvendo outras posturas com relação à educação, tornam-se questionadores, pesquisadores, desenvolvem habilidades sociais e culturais”, comenta Marlon de Oliveira Vaz.

Segundo o coordenador do projeto de extensão, as atividades desenvolvidas têm criado uma rede de colaboração entre as escolas: “Por exemplo, as equipes que não se classificam para as próximas etapas das competições acabam ajudando as que se classificam, seja com materiais, equipamentos, dicas, como está acontecendo agora com a equipe da Durival de Britto e Silva”.

No total, participaram da final do torneio 77 equipes de todo o país. As 15 melhores irão representar o Brasil em competições internacionais, que, além dos EUA, também serão realizadas na Austrália, Espanha e Filipinas. Das 77 equipes, apenas sete eram de escolas públicas, sendo duas de Curitiba: a Cyber Rex, da Escola Municipal Prefeito Omar Sabbag, também disputou o torneio e venceu um desafio relâmpago lançado durante o campeonato sobre ações práticas e ideias inovadoras para combater o mosquito Aedes aegypti.

A equipe Conectados (da Escola Municipal Durival de Brito e Silva) ainda venceu o prêmio de melhor técnico, concedido à professora Anaí da Luz Rodrigues Santos pela condução dos competidores nos desafios e pesquisas. Agora, os pais  e professores organizam uma campanha de arrecadação de recursos para a obtenção dos vistos e passaportes.

Interessados em colaborar com as famílias podem depositar qualquer valor na seguinte conta bancária:

Banco do Brasil
Agência 1443-5
Conta 5212-4
Razão social: APPF E. M. Coronel Durival Britto e Silva
CNPJ: 01665574/0001-41

 

Com informações da Prefeitura Municipal de Curitiba e da Agência de Notícias CNI.