Equipes do Campus Palmas participam do Projeto Rondon em Santa Catarina e Espírito Santo – Instituto Federal do Paraná

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Equipes do Campus Palmas participam do Projeto Rondon em Santa Catarina e Espírito Santo

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Professores e alunos do Campus Palmas participaram, durante o mês de julho, das operações Portal do Oeste, em Santa Cataria, e Itapemirim, no Espírito Santo, ambas promovidas pelo Projeto Rondon, sob coordenação do Ministério da Defesa.

Operação Portal do Oeste

Essa foi a primeira vez que alunos e professores do Campus Palmas participaram das operações, organizadas pelo Núcleo Extensionista Rondon da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). De acordo com os organizadores da iniciativa, além de oferecer contribuições à sociedade – função social das instituições superiores de ensino – , tem preocupação com a formação cidadã do acadêmico, contemplando uma dimensão holista essencialmente importante para a sua formação profissional, ética e humana.

Durante o período, o professor Silvano Aparecido Redon e os acadêmicos Samuel  Pimenta, do Curso de Química, Wagner Andrey Luza e Dagliane Poncio, do curso de Engenharia Agronômica, puderam participar de uma série de atividades que compõem as oito áreas das ações de extensão: educação, saúde, meio ambiente, direitos humanos e justiça, cultura, comunicação, trabalho e tecnologia e produção.

As atividades foram desenvolvidas através da realização de oficinas de trabalho em escolas, postos de saúde, vilas culturais, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Centro de Referência em Assistência Social (Creas), organizações não governamentais, associações de moradores, entre outros espaços.  

Foram realizadas atividades com os moradores e servidores públicos das localidades, os quais receberam a Operação Portal do Oeste, composta por médicos, enfermeiros, professores, diretores de escolas e secretários municipais. Eles versaram sobre sexualidade, educação inclusiva, atendimento humanizado na área da saúde e da educação, segurança no trabalho rural, direitos e cidadania, cultura e desenvolvimento sustentável e profissionalização.

A organização das ações foi desenvolvida pelos moradores e acadêmicos, que somaram esforços no sentido de construir, coletivamente, possíveis encaminhamentos a uma série de situações apontadas pelos próprios moradores, em abordagem multidisciplinar e dinâmica. Dessa forma, o projeto contemplou uma responsabilidade social das universidades e institutos, a de garantir, por meios de ações de extensão, a criação e o aprimoramento de mecanismos para o reconhecimento dos desafios e das potencialidades e desenvolvimento regional do entorno, levando em consideração a história e os arranjos locais.

Para a acadêmica do curso de Agronomia Dagliane Poncio, “foram onze dias de troca de conhecimentos com a equipe e com a comunidade local, aprendendo algo novo a cada dia, em que, mais do que ensinar, tivemos a oportunidade de aprender com os moradores, que buscavam mostrar aquilo que conheciam”.

Para Samuel, acadêmico do curso de Química, o Projeto Rondon “é um dos melhores projetos de extensão universitário do Brasil, pois proporciona um intercâmbio entre universitários de várias partes do país, levando as instituições públicas às mais diversas regiões, atendendo grande número de pessoas e comunidades”.

Por sua vez, o acadêmico Wagner Andrey Fortunati Luza, do curso de Engenharia Agronômica, afirma que “estar próximo do cotidiano das comunidades faz com que tenhamos um senso mais crítico da realidade vivida. O rondonista sai da operação consciente do trabalho que deverá fazer para contribuir com a sociedade, pois estar em contato direto com a população e seus reais problemas faz que tenhamos mais atenção e consciência do que podemos fazer para mudar a realidade do nosso país, principalmente nas áreas de saúde, educação e meio ambiente”.

De acordo com o professor Silvano Redon, não só as cidades participantes do projeto tiveram um ganho qualitativo com as atividades que foram desenvolvidas, mas também os acadêmicos tiveram experiências que marcarão suas práticas profissionais e suas interações como cidadãos. “As instâncias reflexivas podem se desenvolver em diferentes contextos, e a troca de saberes entre as comunidades e os acadêmicos das diferentes áreas e regiões do Brasil propiciam a democratização e ao acesso aos saberes construídos e desenvolvidos pelas universidades,” ressalta Redon.

Participaram da Operação Portal do Oeste 280 acadêmicos e professores de todas as regiões do país.

Operação Itapemirim

Desenvolvida no estado do Espírito Santo, a Operação Itapemirim também contou com a participação de uma equipe do Campus Palmas.

Durante os dois primeiros dias, a equipe ficou alojada em uma unidade militar, rumando, em seguida, para o município de Ibitirama – ES, situado no Parque Nacional do Caparaó, que abriga o Pico da Bandeira. De emancipação recente, Ibitirama apresenta economia predominantemente cafeeira – em alguns pontos, a atividade leiteira já passa a dividir espaço com o café.

Durante o período da operação, os rondonistas do IFPR puderam interagir com a população, conhecendo as múltiplas realidades, histórias e vivências do povo capixaba. Com o apoio e indicação da Secretaria de Agricultura do município e do Incaper, foram realizados diversos trabalhos em diferentes localidades, dentre eles o saneamento ambiental, destinação do esgoto das residências, grande problema observado na zona rural daquele município.

Diante das situações, foram elaboradas quatro unidades demonstrativas de fossa séptica ecológica, baseada em modelo desenvolvido pela Embrapa. O objetivo na elaboração e execução desses projetos foi de formar multiplicadores de conhecimento, para que outros possam utilizá-los como referência e elaborar sistemas semelhantes em suas residências.

Ainda com o foco no desenvolvimento rural, foram elaboradas oficinas de doces e compotas e artesanato com materiais recicláveis – todas constituídas como ações que, de alguma forma, pudessem inserir novas ideias para as pessoas atendidas.

Além das ações citadas, foram realizadas atividades e oficinas de produtos cárneos, hidromel, fabricação de produtos de limpeza, compostagem, biofertilizantes, educação ambiental, empreendedorismo e uso de softwares de edição de imagens, revitalização de uma praça da cidade, além do evento Pé na Trilha.

A equipe do Campus Palmas foi composta pelos professores Emi Lorenzetti e Jean Carlos Gentilini, pelos acadêmicos Weslei de Oliveira, Julaine Silva, Talita Fatima, Paula Monteiro, Tiago Jubelli, Camila Ferreira, Diaine Cortese, Cleonice dos Santos e Elenice de Oliveira, e também pelo Segundo Sargento, Danilo Emanuel Duarte Batalha.

Sobre o Núcleo Extensionista Rondon da Udesc

O Núcleo Extensionista Rondon da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) foi criado em 2010.  Desde a sua criação, cidades de Santa Catarina, Paraná, Goiás e Argentina receberam ações realizadas pelo referido núcleo em suas doze expedições, em que foram contemplados 126 municípios e um público de cerca de 280 mil pessoas. A décima segunda inserção, a Operação Portal do Oeste, foi realizada em doze cidades do oeste de Santa Catarina e atingiu público de 32 mil pessoas.

Com informações do Campus Palmas do Instituto Federal do Paraná.

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