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Desde terça-feira (29), estudantes e professores de todos os câmpus do IFPR estão reunidos no Câmpus Paranaguá no II Seminário de Ensino, Extensão, Pesquisa e Inovação (SE²PIN) do IFPR. No segundo ano de realização, o evento já se consolida como o mais importante do calendário da instituição. “O SE²PIN é um choque para quem aqui está no sentido de melhorar o que está fazendo. Os estudantes se sentem desafiados. Há estudante que desenvolvem projetos de nível introdutórios que estão se sentindo desafiados a se aprofundar mais. A resposta da comunidade acadêmica é muito boa”, avalia o Diretor de Pesquisa do IFPR, professor Ezequiel Burkarter.
A programação teve início na noite de terça-feira (29), com a Conferência de Abertura “Perguntando ao usuário como criar produtos inovadores”, ministrada pelo professor Carlos Eduardo Zander, da Fundação Certi. Logo após, a programação continuou na Associação Banestado, onde os estudantes e professores do IFPR estão hospedados, com a apresentações culturais produzidas pelos estudantes e professores dos câmpus. O grupo IFPalco, do Câmpus Ivaiporã, apresentou a peça de teatro “Aquarela de Sombras”. O Clube da Música, do Câmpus Foz, contagiou todos os presentes com interpretações de canções nacionais e internacionais. O ponto alto da noite foi uma apresentação de Fandango, ritmo tradicional do litoral paranaense, que encantou todos os presentes. “As expectativas da Comissão Organizadora foram superadas. A comunidade interna comprou a nossa ideia. Estamos conseguindo mostrar o esforço dos estudantes em projetos durante ano inteiro. Estamos conseguindo criar um ambiente para o diálogo entre os câmpus”, afirma a Diretora de Extensão do IFPR, Cristiane Ribeiro.
A manhã de quarta-feira (30) começou com a conferência “As possibilidades de pesquisa científica na Antártica”, com o pesquisador e douturando em biologia da UFPR, Cláudio Adriano Piechnik. O palestrante apresentou aspectos e curiosidades do continente antártico, além de apresentar algumas das pesquisas realizadas pelo Brasil na Estação Comandante Ferraz, base de pesquisas brasileira no continente. A palestra despertou a atenção dos estudantes, que fizeram perguntas após a apresentação e até mesmo procuraram o pesquisador pessoalmente para saber mais informações sobre o assunto. À Assessoria de Comunicação do IFPR, que estava no local para a cobertura do evento, Piechnik afirmou que “quando um estudante traz um painel de uma pesquisa aparentemente simples, ele está fazendo uma estruturação extremamente complexa para o ser-humano que é a base para o raciocínio técnico e científico. Hoje, mais do que nunca, a pesquisa não é segunda opção, é uma carreira, e o mercado está ansioso por novidades. E é por meio da pesquisa que estas novidades são desenvolvidas”, afirmou, referindo-se sobre a importância da participação em eventos científicos para a formação integral dos estudantes.
A segunda conferência do dia foi proferida pelo professor Wyllys Abel Farkart Tabosa, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte. Tabosa já foi pró-reitor de Extensão do IFRN, além de atuar como coordenador do Fórum de Extensão da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica (EPT). O palestrante tratou dos desafios para a construção de um conceito e um modelo de extensão nas instituições da rede federal. “Os institutos federais foram criados sob a égide das universidades federais. Adaptar essa estrutura em um modelo adequado à nossa realidade é um desafio à nossa institucionalidade. A extensão é um processo educativo, comunicativo. É um diálogo constante com a comunidade, em que se busca traduzir informação em conhecimento”, afirmou Tabosa.
Na parte da tarde, os estudantes apresentaram seus trabalhos na sessão de pôsteres. Cerca de 400 trabalhos desenvolvidos em projetos de pesquisa e extensão e no Programa de Bolsas de Inclusão Social (PBIS) e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) foram apresentados. Outros 21 produtos e protótipos inovadores desenvolvidos nos câmpus também foram expostos na I Feira de Inovação Tercnológica (IFTECH). Estes últimos foram selecionados nas edição locais da IFTECH, realizadas em todos os câmpus no mês de agosto. “O SE²PIN é uma política institucional. Em 2014, nós teremos o III SE²PIN, e assim sucessivamente. Os frutos disso é o que nós estamos vendo hoje: a integração, o diálogo, entre câmpus, professores e estudantes”, afirma o pró-reitor de Extensão, Pesquisa e Inovação, professor Frederico Fonseca da Silva.
A programação científica do segundo dia de evento terminou com a Conferência “Como explorar melhor as ferramentas do Google”, do professor Guido Nunes Lopes, da Universidade Federal de Roraima. À noite, a programação do evento teve continuidade na Associação Banestado, com as apresentações culturais preparadas pelo grupo de teatro Restilo, do curso técnico em Artes Dramáticas do Câmpus Jacarezinho, pelo já tradicional grupo de dança do Câmpus Umuarama e um show com a Banda Impacto, de estudantes do Câmpus Paranavaí.
Estudantes participam pela primeira vez de evento científico
Para a maioria dos estudantes do IFPR, o SE2PIN é a primeira oportunidade de participação de um evento científico de grande porte. A estudante Ana Paula Macedo (15), do curso Técnico em Química do Câmpus Umuarama, faz parte desse grupo. Na tarde de quarta-feira (30), ela apresentava o projeto “IF da Alegria”. “É muito interessante participar de um projeto de extensão como esse, porque é uma atividade em que eu me envolvo com a dimensão social. E é muito bom poder mostrar isso para os outros colegas que estão aqui”, afirma a jovem. Já os estudantes do curso Técnico em Informática do Câmpus Irati, Pablo J. Prado (14) e Arthur Alessi (15), representavam o trabalho “Imagens falam mais do que palavras”, que tem como objetivo resgatar, por meio de imagens, a história do câmpus. “Estamos gostando muito de participar do evento”, afirmaram.
A estudante Ana Karoline Domiciano (18), do curso Técnico em Agroecologia de Ivaiporã, acredita a participação em eventos como o SE2PIN são uma oportunidade de levar novidades para o câmpus. “Além de conhecer o que pessoas do mesmo curso ou da mesma área estão desenvolvendo, podemos observar outros projetos que podem ser levados para o nosso câmpus, como aqueles que trabalham com a inclusão em sala de aula”, exemplifica.
Todos os trabalhos passam por avaliações. Os dois melhores serão indicados pela Comissão Organizadora para apresentação na Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), a que o SE²PIN é afiliado.
Último dia de programação
Nesta quinta-feira, estudantes e professores participam do último dia de programação do evento. Pela manhã, foram realizadas as oficinas e apresentação orais nos grupos de trabalho. Também foi realizada, a partir das 10h, a conferência “Inclusão digital e desenvolvimento”, com Cristiano Passos, da Secretaria de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações.
À tarde, será dada continuidade à sessão de pôsteres e à IFTECH. A programação no Câmpus Paranaguá se encerra com apresentações dos projetos IF da Alegria (Câmpus Umuarama), Quarteto QuartIF (Câmpus Curitiba) e Grupo Sensatez, do Câmpus Paranavaí.
À noite, os estudantes vão prestigiar as peças “Desalinho Interno”, produzida pelo grupo Cia da Juventude, do Câmpus Jacarezinho, e “Urupês e a Revolução dos 20”, apresentada por estudantes do Câmpus Paranaguá. O show de encerramento fica por conta da Banda Frodo’s Ring, do Câmpus Jacarezinho.
Fotos, muitas fotos!
A cobertura fotográfica do evento pode ser acompanhada na página do IFPR no Facebook. Acesse, confira, marque seus conhecidos e compartilhe!