IFPR formará técnicos para reabilitação de dependentes químicos
Publicado em
O núcleo de Educação a Distância do Instituto Federal do Paraná (EAD-IFPR) realiza nesta sexta-feira (7) a aula inaugural do Curso Técnico em Reabilitação de Dependentes Químicos. A iniciativa é pioneira, pois o curso é o primeiro do Brasil na modalidade a distância. O curso, produzido em Curitiba, têm mais de dois mil alunos matriculados em cinco estados: Roraima, Bahia, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
“O curso é inteiramente gratuito para o aluno e tem no seu quadro de professores os melhores profissionais que hoje atuam na reabilitação de dependentes químicos”, disse o professor José Carlos Ciccarino, diretor geral do EAD-IFPR. Ciccarino explicou que o curso terá a duração de dois anos e formará técnicos que devem atuar principalmente nas comunidades terapêuticas. Em todo o Brasil, há mais de três mil comunidades terapêuticas, atendendo cerca de 60 mil pessoas. “Sabemos que o governo Federal pretende criar condições para a abertura de pelo menos mais 40 mil vagas nesse sistema voltado para a recuperação do dependente químico”, comentou Ciccarino.
O diretor geral do EAD-IFPR observa que o governo da presidenta Dilma Rousseff está enfrentando o problema das drogas no Brasil em várias frentes – segurança, educação e saúde – melhorando a segurança nas fronteiras, formando gente especializada para lidar com o problema e organizando uma grande rede de cuidados em saúde mental para usuários de crack, álcool e outras drogas, composta por comunidades terapêuticas, unidades de acolhimento, enfermarias especializadas e consultórios de rua. “Isso para garantir ao cidadão e à sua família alternativas de atenção e cuidados, 24 horas, conforme explicou a presidenta, em seu discurso de 7 de setembro”, disse Ciccarino.
De acordo com o coordenador do Curso Técnico em Reabilitação de Dependentes Químicos (pós-médio), professor Rubens Gomes Corrêa, o curso possui estágio obrigatório de 200 horas – 100 horas no hospital, clínica, ou Centros de Assistência e Promoção Social (Caps) e outras 100 horas dentro de comunidades terapêuticas. O profissional formado poderá atuar como um co-terapeuta, ajudando os psicólogos, psiquiatras, clínicos e assistentes sociais. “Ele também estará apto para atender grupos e exercer atividades na gestão administrativa”, informou Corrêa. As aulas serão com professores mestres e doutores nas áreas de psicologia, psiquiatria, clínica, terapia ocupacional, direito, enfermagem, farmácia, bioquímica, serviço social, filosofia, sociologia e antropologia.
Com informações EAD -IFPR