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Na última semana integrantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR) estiveram em visita à Chácara Meninos de Quatro Pinheiros, um abrigo que cuida de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. Localizada na cidade de Mandirituba, na Região Metropolitana de Curitiba, a ONG atende hoje cerca de 80 crianças e adolescentes entre 7 e 18 anos.
O objetivo da visita é diagnosticar as principais demandas da comunidade para o desenvolvimento de cursos técnicos e projetos de extensão no local. O reitor Alipio Leal e as professoras Maria Angélica Pizani e Silvia Maria Queiroz, da Diretoria de Pesquisa e Extensão, conversaram com o fundador da Chácara, Fernando de Gois.
“Conquistamos muitas coisas para os Meninos graças ao apoio de voluntários de todo o mundo, mas ainda há muito por fazer”, afirma Gois, que trabalha com meninos de rua desde 1982. O reitor Alipio Leal afirmou que o Instituto vai fazer algo diferente do que as outras Universidades e Instituições já fizeram.
A professora Maria Angélica destacou a importância da integração entre os jovens da Chácara e os estudantes do IFPR que irão desenvolver projetos no local. “Nosso objetivo é tocar a consciência dos alunos. Será muito importante para eles ter contato com uma realidade diferente da sua, nesse sentido, o projeto deve ser uma troca de conhecimento e experiência”, afirma.
A Chácara
Segundo Fernando de Gois a Chácara foi escolhida para a realização do projeto porque propicia o contato com a terra através da horta e cultivo de feijão, milho e árvores frutíferas. “Realizei pesquisas com meninos de rua na década de 1980 e constatei que eles tinham a necessidade de viver afastados dos grandes centros, longe das drogas e da criminalidade”, conta.
O trabalho realizado por Gois na Chácara já é reconhecido fora do Brasil. O projeto chama a atenção pela metodologia que integra os jovens em uma nova cultura pautada no respeito ao ser humano. A chácara funciona como uma comunidade em que todos têm responsabilidades e servem de exemplo uns aos outros. No local eles praticam esportes, música, teatro e desenvolvem a consciência crítica. Para encerrar a visita um dos moradores da Chácara, Marcos Paulo Almeida, tocou violão e cantou para os visitantes músicas com letras de crítica social e sobre a história da chácara.