Campus Irati realiza discussões sobre a violência contra as mulheres e a necessidade de se produzirem estratégias de enfrentamento
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Nos dias 08 e 09 de junho, alunos do IFPR Campus Irati realizaram ações com docentes e servidores da Seção Pedagógica sobre a prática de violência contra as mulheres e a necessidade de se produzirem estratégias de enfrentamento no âmbito da educação, da segurança pública e no âmbito jurídico. Afinal, esta realidade está presente no cotidiano da vida de muitas mulheres, dentro e fora das relações amorosas e/ou familiares.
Decorrente de uma discussão dos estudantes do 1º ano do Curso Técnico Integrado em Informática, motivada em sala de aula, referente ao caso de estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro, que teve como vítima uma adolescente de 16 anos, uma roda de conversa com a turma foi realizada no dia 08. A psicóloga Thaysa Zubek Valente ressalta que para tratar do tema e ampliá-lo, a roda de conversa se deu com o foco na “cultura do estupro” (sustentada por valores patriarcais, machistas e sexistas) e nos diversos casos de violência contra a mulher que dela são frutos. Com o apoio do professor Fabiano Carvalho, do núcleo técnico do curso, a equipe pedagógica esteve em sala com as(os) estudantes para problematizar o assunto e a habitual banalização de casos de violência, seja ela física, sexual, moral e psicológica, pela sociedade.
No dia 09, um grupo de estudantes dessa turma e de outros cursos e séries, realizaram um ato no período da manhã, no intuito de sensibilizar a comunidade acadêmica frente aos dados alarmantes da violência contra a mulher no Brasil, apontando modos de enfrentar e acabar com as relações violentas e abusivas, propondo também alternativas no que se refere à educação dos meninos e meninas, ao empoderamento feminino e a participação dos homens na luta contra essa prática. A professora de história, Carla Michele Ramos, que também participou e iniciou com a leitura dramática de um poema (“A noite não adormece nos olhos das mulheres”), fez referência a algumas mulheres negras, de modo a evidenciar a invisibilidade dessas mulheres e a marca histórica e cultural deixada por relações de abuso, exploração e discriminação dos seus corpos e sexualidades.