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Estimados pais,
A partir de reunião feita no campus, hoje (17/09/2015), após intensa discussão, e, com o sentimento de responsabilidade em informar-lhes sobre os fatos e decisões relativas à greve e, ainda, em resposta ao e-mail encaminhado a nós, por um dos pais, em nome de outros pais, vimos, então, apresentar esclarecimentos que envolvem nosso campus.
Em reunião feita em agosto, quando da posse do novo diretor pró-tempore de nosso campus, com a presença de alguns pais, houve informações e direcionamentos com respeito à greve, naquele momento.
Considerando os fatos atuais, decorrentes da greve, queremos deixar claro que não estamos satisfeitos com a situação, no que diz respeito a não estarmos em sala de aula, porém, entendemos que este é nosso principal meio de luta, essencialmente contra a falta de investimentos que há, por parte do governo, em relação à educação.
Sendo assim, manifestamos nosso desejo de que tudo se resolva da melhor forma, sem prejuízo aos alunos e, a nós mesmos. Dessa forma, expressamos o desejo do fim da greve, entretanto, como estamos em um movimento conjunto enquanto categoria, vinculados e unidos por um sindicato estadual, que nos representa diante do governo federal, mediando as negociações e discussões, entendemos que a decisão deva respeitar e, ao menos, prever a decisão de toda a categoria, uma vez que a greve não se faz por meio de um grupo isolado, reduzido, ou pouco representativo, mas de modo integralizado.
Até a data de ontem (16/09/15), esperávamos do governo federal um posicionamento oficial sobre a proposta de reajuste. Como a negociação foi protelada, pela quarta vez, ou seja, mais uma semana, entendemos que esta é uma estratégia para o governo desgastar o movimento de greve e, ainda, continuar avançando em sua meta de corte de gastos, prejudicando o funcionalismo público, em geral.
Esta situação gera uma inquietação generalizada entre os servidores de nosso campus, pois dependemos de um acordo efetivo sobre as propostas já apresentadas para encerrarmos nossa paralisação.
Mesmo diante destas condições instáveis, propusemos, por meio de uma solicitação à coordenação estadual, uma assembleia imediata, em Curitiba, na qual possa-se discutir a possibilidade de fim da greve, como categoria, manifestando nossa intenção de que as aulas retornem, o mais breve possível, visando reparar os impactos da greve, para nós, professores, para os senhores pais e, principalmente para os alunos.
Acrescentamos, ainda, que haverá uma reorganização do calendário escolar, garantindo aos alunos a efetivação das aulas previstas, por meio de reposições.
Aguardaremos uma resposta da coordenação geral do sindicato, e, assim que tivermos informações concretas, serão repassadas aos senhores.
Atenciosamente,
Professores e técnicos do Instituto Federal do Paraná Campus Irati.