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Paraná cobra mais investimento federal para Educação Profissionalizante

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A proposta orçamentária do Governo Federal  prevista para 2010 mantém a desvantagem do Paraná em relação a estados com menor produtividade econômica. No segmento educacional a desproporção do orçamento vem sendo questionada pelo IFPR e por deputados da bancada paranaense. Em audiência realizada em novembro com o Ministro da Educação, Fernando Haddad, sete deputados federais questionaram melhorias no orçamento destinado ao Instituto Federal do Paraná (IFPR).

Apesar da criação do Instituto promovida pelo Governo Federal, o estado tem atualmente o 5º menor gasto com ensino técnico profissionalizante. “Participamos de uma audiência com o MinistroHaddad e ele assegurou que não vai faltar verba para o nosso projeto de Educação Profissionalizante”, explica o reitor Alipio Leal.

Desde que assumiu a reitoria da Instituição, em janeiro de 2009, Leal vem denunciando que o Paraná precisa aumentar expressivamente o montante de verbas para atingir e superar as metas estabelecidas. “O projeto do Ministério da Educação previa sete campi para o Paraná. Nós consideramos que não é suficiente em virtude da alta demanda e, por isso, vamos iniciar 2010 com 12 unidades. No entanto, precisamos ter um retorno orçamentário condizente com a nossa proposta”, explica.

Não é apenas o segmento educacional que amarga a falta de investimentos federais. O Paraná é a 5ª economia do país, mas o 8º colocado na divisão do bolo orçamentário, ficando atrás de estados como Bahia e Pernambuco. “O Paraná precisa de mais força, precisa melhorar sua representatividade política no Congresso Nacional, assim, na hora de sugerir e votar projetos conseguiremos capitalizar recursos a nosso favor”, destaca Leal.

Há meses o reitor vem mobilizando os políticos paranaenses no sentido estimular a mobilização em prol da melhoria de verbas para o Paraná. “Acredito que com a audiência realizada ontem e com o acúmulo das forças reunidas em 2009 vamos melhorar o desempenho em 2010”, afirma. Além da questão política, um dos elementos que explica a falta de verbas, especialmente no segmento educacional, é a manutenção de apenas duas Universidades Federais (UFPR e UTFPR) contra cinco estaduais, que recebem recursos exclusivos do governo do estado.

Divisão Orçamentária

1º Distrito Federal –  R$ 12,8 bilhões
2º São Paulo –  R$ 12,5 bilhões
3º Rio de Janeiro –  R$ R$ 11,6 bilhões
4º Minas Gerais – R$ 10,9 bilhões
5º Rio Grande do Sul –  R$ 8 bilhões
6º Bahia – R$ 7 bilhões
7º Pernambuco –  R$ 4,8 bilhões
8º Paraná – R$ 4,5 bilhões
9º Ceará – R$ 4,2 bilhões
10º Goiás – R$ 3,6 bilhões