IX Encontro Virtual de Ciências Sociais do IFPR – Campus Paranaguá

AÇÕES COVID-19

IX Encontro Virtual de Ciências Sociais do IFPR

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Queridas e queridos!

 

É com entusiasmo que chamamos todas e todos para o nosso nono encontro virtual! Teremos convidadas muito especiais para falar um pouco sobre “Juventude, (re)existências e futuro pós-COVID“. Conduzirão o papo as professoras Ana Luisa Fayet Sallas (Socióloga/Docente no Departamento de Sociologia da UFPR) e Juliane Bazzo (Antropóloga/Docente no Departamento de Antropologia da UFPR). Segue uma prévia das falas.

 

Professora Ana Luisa

Os últimos anos do século XXI tem nos apresentado diferentes momentos em que a participação política da juventude brasileira se fez presente, nas ruas desde as chamadas “Jornadas de Julho” em 2013 até o movimento das Ocupações das Escolas em 2016, processo que marcou um lugar novo de ação política juvenil dentro do espaço das escolas, assumindo esse lugar como seu espaço de pertencimento: sua casa. Naquele momento alguns aspectos ganharam destaque: a) a participação no Estado do Paraná no conjunto das ocupações nacionais (800 em 1000 aproximadamente); b) o papel das jovens mulheres; c) a participação da juventude negra; d) a visibilidade/reconhecimento d@s jovens homossexuais; e) a percepção naquele momento de um lugar de vida familiar construído no interior das ocupações em densas redes de afetos e sociabilidade. Tomando por base esses pontos, reflito sobre as diferentes formas de se viver a pandemia para esses sujeitos plurais que: a) podem ficar em casa com suas famílias vivendo uma rotina de vida e estudo completamente diferente; b)  que não podem ficar em quarentena e estão mais expostos e vulneráveis trabalhando nesse “tempo suspenso” nos aplicativos de entrega de alimentos ou em outras formas, c) que vivem mais intensamente as possibilidades de acesso aos recursos tecnológicos e as conexões; d) e aqueles não conectados; e) precários, excluídos vulneráveis…Enfim, sob essa densa paisagem o que podemos imaginar como futuro? Quais os espaços possíveis para os afetos e encontros? Como converter o intangível das virtualidades em corpos pulsantes e vivos? Como pensar na sociabilidade das distâncias, dos afastamentos?  Quais serão os meios efetivos para superar as desigualdades na construção de um novo tempo? Como será esse existir resistir para as juventudes – que estudam, trabalham, namoram, cantam, não estudam, fazem música, pintam, fazem poesia, contemplam do mundo? 

 

O amanhã no “chão da escola”: lidando com os afetos na educação do pós-pandemia (Professora Juliane)
O futuro depois da estabilização da Covid-19 deverá ser marcado por um sentimento inevitável e difuso de injustiça perante a multiplicidade de mazelas configuradas pela pandemia. Do olho desse furacão, a escola não escapará. Como frutificar nesse universo tão essencial reparações não massificadas, capazes de se concretizarem como verdadeiras expressões políticas, em favor de cidadãos plenos e não de indivíduos isolados? Mais que um olhar atento às emoções das comunidades escolares, argumento por uma percepção apurada de seus afetos. Para essa problematização, lanço mão das pesquisas que tenho conduzido sobre marcadores sociais da diferença, bullying e eventos extremos de violência juvenil em espaços educacionais e, também, dos resultados preliminares do projeto que venho coordenando, o “Escola em quarentena: um registro antropológico de memórias educacionais”.

Cadastre-se aqui: https://forms.gle/jieBQqsbXF8UsKqy5

 

Vambora tocar essas reflexões fundamentais nesse contexto de pandemia?

Confira AQUI os Encontros Virtuais anteriores.

Abraços virtuais solidários e até quarta!

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