Encerramento do projeto É preciso ser antirracista
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Por Lucas de Melo Andrade e Josimar Priori
Em 12 de julho de 2022, terça-feira, das 13h30 às 15h30 para uma público de 40 pessoas, aconteceu na Biblioteca do IFPR – Campus Paranavaí a atividade de encerramento do projeto É preciso ser antirracista: um estudo sobre racismo estrutural, desigualdade e violação dos direitos humanos, coordenado pelo Prof. Dr. Josimar Priori, da área de Sociologia. O projeto, que também contou com a vice-coordenação do Prof. Me. Lucas de Melo Andrade, da área de História e do Prof. Me. Marcelo Lopes Rosa, da área de Filosofia, iniciou suas atividades em agosto de 2021 e consolidou o grupo de pesquisa Transformações do Brasil Contemporâneo, cadastrado no CNPq.
Durante seu período de vigência, o É preciso ser antirracista teve a atuação da estudante Kívia dos Santos Nascimento, atualmente do 4º ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio, que foi contemplada com uma bolsa pelo Programa Institucional de Educação em Direitos Humanos do Instituto Federal do Paraná – PIDH/2021 e consistiu em reuniões que, realizadas por membros das comunidades interna e externa, tiveram como objetivo discutir o racismo a partir da obra Racismo Estrutural, de Sílvio Almeida.
A atividade de encerramento iniciou-se com apresentações artísticas que foram seguidas por uma roda de conversa sobre o tema discutido pelo projeto. As apresentações artísticas consistiram em: (i) música Banaha interpretada pelo Coral do IFPR – Campus Paranavaí com regência da Profa. Ma. Ester Cristina Back Schulz e participação dos alunos Pedro Henrique Ribeiro Angelo, Heitor Kendi Murasse Nitatori e Danieli Silva Meira, do 3º ano do Curso Técnico em Mecatrônica Integrado ao Ensino Médio, Clara Mendonça Silva, do 3º ano do Curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio, Eber Sêco Lima, do 4º ano do Curso Técnico em Mecatrônica Integrado ao Ensino Médio e Rafaela Custodio dos Santos Yoneyama, do 1º ano do Curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio; (ii) música Funeral de um lavrador, de Chico Buarque e João Cabral de Melo Neto, com as estudantes Mariana Vitória Pardim Fernandes e Jéssica Carvalho dos Santos, do 2º ano do Curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio, nos vocais e a Profa. Ma. Andréia Araújo de Farias Aquino, no teclado; (iii) declamação feita pela estudante Rafaela Custodio dos Santos Yoneyama da poesia Fênix, de Carlos de Assumpção.
A roda de conversa, por sua vez, teve amplo engajamento dos presentes e foi conduzida pelas estudantes Kívia dos Santos Nascimento e Maria Julia Ferreira Lima Marques, do 4º ano do Curso Técnico em Informática Integrado ao Ensino Médio e pelos estudantes Pedro Henrique Ribeiro Angelo e Ana Luiza Camargo de Andrade, do 3º ano do Curso Técnico em Mecatrônica Integrado ao Ensino Médio. Houve as importantes participações de Rafael Sardinha, estudante egresso do Curso Técnico em Eletromecânica Integrado ao Ensino Médio, do Prof. Dr. Antonio Ozaí da Silva, docente na Universidade Estadual de Maringá (UEM) e membro do projeto, do Prof. Dr. Geovanio Edervaldo Rossato, também da UEM e da Profa. Ma. Olga Ozaí da Silva. Para o fomento inicial da roda de conversa, foi exibido (letra e vídeo) o rap Eu Não Sou Racista, de Nego Max. Como conclusão da ação, apresentou-se um vídeo com a declamação musicada do poema Gritaram-me negra, de Victoria Santa Cruz.
O projeto É preciso ser antirracista, como um todo, evidencia a importância de reflexões e práticas que tenham a formação integral do estudante como fundamento pedagógico central. Além disso, o projeto pôde evidenciar a força transformadora que discussões realizadas por sujeitos de diferentes instituições, áreas de conhecimento e gerações possuem. De modo particular, a atividade de encerramento ainda permitiu reafirmar a importância da Biblioteca como espaço de encontro e de partilha de conhecimentos e experiências.
A coordenação do projeto especialmente agradece à Profa. Dra. Rosemeire Carvalho da Silva, à Profa. Dra. Luciana Yoshie Tsuchiya e ao Prof. Me. Ricardo Toshiyuki Kato, pela organização e decoração do espaço de realização da atividade, às servidoras da Biblioteca Erika Ananine Paiva e Zineide Pereira dos Santos, pelo suporte, acolhimento e mostra de livros sobre a cultura afro-brasileira e à estudante Eduarda Marescalchi, do 3º ano do Curso Técnico em Mecatrônica Integrado ao Ensino Médio, pela arte de divulgação.
O grupo de pesquisa Transformações do Brasil Contemporâneo dará seguimento aos seus encontros, agora tendo como referência o projeto Direitos Humanos e interseccionalidade: os desafios colocados pelas desigualdades no exercício dos direitos fundamentais.