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Roda de conversa sobre “como ser antirracista” acontece no Campus Paranavaí

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Por Josimar Priori e Lucas de Melo Andrade

Como parte das atividades do projeto  Direitos Humanos e Interseccionalidade, coordenado pelo Prof. Josimar Priori, de Sociologia e vice-coordenado pelo Prof. Lucas de Melo Andrade, de História, aconteceu na Biblioteca do Campus Paranavaí, entre 13h30 e 16h do dia 16 de novembro de 2022, a roda de conversa “Como ser antirracista”. 

O evento ocorreu no âmbito das reflexões do Dia Nacional de Zumbi e da Consciência Negra, instituído pela lei nº 12.519, de 10 de novembro de 2011.

A roda teve como objetivo apresentar à comunidade as principais discussões que, a partir do livro “Pequeno manual antirracista”, de Djamila Ribeiro, o grupo de pesquisa Transformações do Brasil Contemporâneo, responsável pelo projeto mencionado, realizou durante o ano letivo de 2022. 

Estiveram presentes docentes, técnicos administrativos e estudantes do IFPR, além de membros da comunidade externa. A atividade começou com apresentações artísticas coordenadas pela Profª. Ester Back, de Artes. A estudante Ester Seco Lima do 3° ano do Curso Técnico em Mecatrônica Integrado ao Ensino Médio apresentou a música “Hakuna Mungu Kama Wewe”. Já os estudantes Rafael dos Santos Costa, Moisés Manoel Pardim Fernandes e Mariana Vitória Pardim Fernandes do 2° ano do Curso Técnico em Agroindústria Integrado ao Ensino Médio apresentaram o poema “Luta contra o racismo” de autoria de Carolina Amante.  

Em seguida, Amanda Costa Pinheiro, Assistente Social do campus e membra do projeto, fez uma exposição dos principais aspectos presentes na obra “Pequeno manual antirracista”. 

A roda de conversa foi conduzida pelas estudantes e pesquisadoras Joana Maximo da Silva e Geovanna Costa Ramos, ambas egressas do Campus Paranavaí, atualmente acadêmicas, respectivamente, de História e Geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e membras do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros (NEIAB/UEM). As pesquisadoras destacaram a importância da formação que receberam no IFPR para o seu bom desempenho acadêmico no ensino superior e trataram sobre o projeto de educação antirracista que desenvolvem na UEM, por meio do qual ofertam formação, realizam pesquisas e produzem livros sobre o antirracismo. 

Entre os caminhos indicados por elas para uma educação e uma atitude antirracista, destacam-se: a importância de ler autores negros; o cuidado com a subjetividade por meio do aquilombamento (espaços físicos e/ou afetivos de acolhida e proteção para negros e negras); o diálogo com a branquitude; a desconstrução de palavras e expressões racistas; a compreensão dos fenômenos sociais por meio da racialização.
O grupo de pesquisa Transformações do Brasil Contemporâneo agradece, em especial, aos servidores Zineide Pereira dos Santos, Dalva Oliveira Cabral, Cinthia Bonin da Silva, Erika Ananine Paiva e Fernando Yanaga, da Biblioteca, por produzirem a arte de divulgação e cederem, organizarem e decorarem espaço para a realização do evento. De modo amplo, o grupo agradece pela participação de todos os presentes e reafirma a importância de discussões e ações voltadas ao combate do racismo estrutural que nitidamente configura as relações sociais do mundo contemporâneo.