Projeto do Campus Paranaguá é classificado entre os 10 melhores para a Medalha Paulo Freire do MEC
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O projeto “Gestão de Territórios Tradicionais de Pescadores e Pescadoras Artesanais”, do Campus Paranaguá, está classificado entre os dez finalistas selecionados pelo Ministério da Educação para o Prêmio “Medalha Paulo Freire 2017”.
Coordenado pelo professor Roberto Martins, o projeto tem como principais objetivos a qualificação profissional de jovens e adultos pescadores artesanais e a inclusão social destas pessoas.
A seleção classificatória é composta por seis fases, sendo que o Campus Paranaguá está aguardando a visita in loco, correspondente à quarta fase, que ocorrerá no mês de junho. A visita serve para avaliar o projeto que viabilizou o curso na modalidade de Educação de Jovens e Adultos do IFPR para a comunidade de pescadores do município de Guaraqueçaba/PR.
Para o professor Roberto Martins, “a Medalha Paulo Freire é um reconhecimento à educação emancipatória, comprometida em colaborar na efetivação dos direitos humanos de grupos sociais que historicamente tiveram negados seus direitos à educação. É um estímulo para que o IFPR permaneça cumprindo sua função social junto aos sujeitos do campo”.
O curso
As atividades, iniciadas em maio de 2016, e que serão concluídas em agosto deste ano, foram pensadas em parceria com o Movimento de Pescadores Artesanais a partir de um longo processo de planejamento envolvendo temas como: Legislação de Povos Tradicionais, Unidades de Conservação, Direito a Consulta e Direitos Étnicos e Coletivos.
Além das aulas, denominadas “tempo escola”, e que ocorrem nas comunidades de pescadores nas ilhas, os estudantes participam do “tempo comunidade”, tratando-se de um espaço pedagógico de construção de conhecimentos que ocorre nas comunidades sob supervisão dos professores.
Para o desenvolvimento dessas atividades, os professores deslocam-se em média 40km de barco até as comunidades nos finais de semana.
Medalha Paulo Freire
A Medalha Paulo Freire classifica, todos os anos, projetos que promovam a educação emancipatória e contribuam para a difusão dos direitos humanos de grupos sociais com pouco ou nenhum acesso à educação.
O prêmio, que foi entregue a primeira vez em 2005, terá ainda a fase de seleção em agosto e a divulgação dos agraciados ocorrerá até 31 de dezembro.