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A Companhia de Dança do IFPR, câmpus Umuarama, fez 3 belas apresentações no jantar do 3º Encontro sobre a Organização do Trabalho Pedagógico do IFPR, realizado no Hotel Caiuá, ontem (29/11).
Na plateia estavam presentes o magnífico Reitor do IFPR, Irineu Colombo, os pró-reitores Paulo Yamamoto, Neide Alves, Ezequiel Westphal, os diretores, coordenadores e professores dos câmpus de Curitiba, Assis Chateaubriand, Foz do Iguaçu, Irati, Ivaiporã, Jacarezinho, Londrina, Palmas, Paranaguá, Paranavaí, Telêmaco Borba e Umuarama, além dos diretores da Educação à Distância.
A professora Michele Lopes iniciou com a coreografia dos Sete Véus, que é uma homenagem à Deusa Ishtar, deusa babilônica do amor e da fertilidade. Conta a história que quando Tamus, seu amado, perdeu a vida, Ishtar, por amor, resolveu ir também. Determinada, teria que atravessar os sete portais do submundo e em cada um Ishtar deveria mostrar a conquista de uma vitória anterior. Assim, deixou um véu cair em cada portal representando suas conquistas: beleza, amor, saúde, fertilidade, poder, magia e quilíbrio. Os sete véus também representam: os sete chakras em equilíbrio e harmonia; os sete planetas conhecidos na época e as sete cores do arco-íris. A retirada e o cair de cada véu significam o abrir dos olhos (o cair da venda) que desperta a consciência da mulher e também a busca pela força e pelo poder dentro do mais perfeito equilíbrio. Além dessa coreografia, também dançou com snujs (dois pratinhos que são colocados nos dedos para tocar enquanto dança) e com uma espada.
Os professores Marcelo Pereira, Sabrina Krüger, Mile Ribeiro e Eduardo Fernandes fizeram apresentações de Forró Pé-de-Serra e Forró Universitário.O Forró é uma festa tipicamente brasileira, com suas origens no nordeste do pais, E abrange vários ritmos, dentre os mais conhecidos estão o xote, o baião, o xaxado, as quadrilhas e o forró pé de serra ou universitário. O forró tem forte semelhança com o toré, um ritual indígena no qual seus participantes dançam em círculo, onde no centro esta a jurema, uma espécie de bebida alucinógena, que permite aos índios o encontro com os “encantados”. O arrastar dos pés dos índios nordestinos, mais a influencia da colonização européia e o toque sutil de balançar os quadris dos africanos, tornaram essa mistura conhecida mundialmente. O forró é conhecido por sua alegria contagiante e tornou-se febre em todo o país na voz de Luiz Gonzaga, também conhecido como o rei do baião, entre os anos de 1949 e 1950. No entanto foi à forte imigração dos nordestinos para Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo que firmaram o ritmo e tornaram a cultura ainda mais conhecida. Outros nomes também contribuíram para o seu enriquecimento tais como Zé Dantas, Chico Salles, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, João do Vale, Marines, Trio Nordestino entre tantos outros.
O grupo Arte Flamenca, composto pelas bailaoras Ane de Almeidas, Alessandra Pedrangelo, Gabriela Canno, Josiane Trettel, Kelly de Freitas, Mariana Pereira, Michele Lopes e Stella Alonso e pelo bailaor Milton de Castro, coordenados pela professora Máriam Trier, fizeram apresentação da coreografia Fotografia e Rumba Flamenca. A professora Máriam Trier ainda fez um solo de castanholas e um duo com a professora de dança do ventre, Michele Lopes.
Ao final das apresentações, o professor Marcelo Pereira fez um aulão de forró com todos os participantes.