Cia de Dança do IFPR Umuarama fez suas Apresentações para Encerramento das Atividades de 2012 – Campus Umuarama

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Cia de Dança do IFPR Umuarama fez suas Apresentações para Encerramento das Atividades de 2012

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No último fim de semana a Cia de Dança do IFPR Umuarama fez suas apresentações para encerramento das atividades de 2012. Os espetáculos Art in Vitta aconteceram gratuitamente no Centro Cultural Schubert, parceiro do IFPR nos projetos de extensão de dança desde 2010.
No sábado (15) o grupo Arte Flamenca apresentou a coreografia Saudações ao Amor, de dança indiana moderna. A montagem inicial, dos coreógrafos Máriam Trier, Kahiqui Ortiz, Milene Ribeiro e Eduardo Fernandes, contou com 20 bailarinos e patrocínio do IFPR, prefeitura de Umuarama, rede Leve Pizza, sorvetes Guri e O Boticário.
No domingo (16) foi a vez do espetáculo de flamenco, dança do ventre e forró. O grupo Arte Flamenca, de coordenação da professora Máriam Trier, conta com a colaboração da professora voluntária Mariana Pereira, apresentou cinco coreografias de ritmos flamencos diversos. O flamenco é uma mistura de culturas, raças, cores, religiões, classes e costumes. Essa arte surgiu no sul da Espanha em uma época em que os espanhóis estavam sob domínio árabe. Devido à repressão sofrida, o flamenco possui um forte apelo emocional que relata a condição humana de viver dos povos que o formaram, pois além dos espanhóis e mouros, o flamenco tem elementos indianos, judeus, russos e ciganos. Suas principais características são a magia, a força, a agilidade, o ritmo, a sensualidade e o improsivo. Desde 2010, o grupo tem se apresentado em diversas cidades além de Umuarama, como Curitiba, Florianópolis e Vera Cruz do Oeste, onde ganhou premiações no 2º Festival de Danças. A meta para o próximo ano é a montagem do espetáculo Carmen, com novas coreografias, figurinos e cenários, e com expectativa de conseguir novos patrocinadores.
O grupo Deusas do Ventre também é um projeto de extensão do IFPR, coordenado pela professora Máriam Trier, e tem como professoras voluntárias Cláudia Lobato e Silvana Zandonadi. A professora Cláudia é licenciada em artes pela Universidade Federal do Paraná e a professora Silvana tem cursos de danças orientais, indianas e dança do ventre. Em 2011, o grupo foi liderado pela professora Michele Lopes. A dança do ventre é uma famosa dança praticada originalmente em diversas regiões do Oriente Médio e da Asia Meridional. De origem primitiva e nebulosa, datada entre 7.000 e 5.000 a.C, seus movimentos, aliados à música e sinuosidade semelhante a uma serpente, foram registrados no Antigo Egito, Babilônia, Mesopotâmia, Índia, Pérsia e Grécia e tinham como objetivo preparar a mulher para se tornarem mães por meio de ritos religiosos, de celebração e agradecimentos, dedicados a deusas da fertilidade. A popularização da dança começou no século XVIII. O grupo de dança é formado por mulheres dedicadas ao estudo da milenar arte da dança do ventre, com sua história, suas técnicas de movimentos do corpo em diferentes estilos. Tecnicamente, seus movimentos são marcados pelas ondulações abdominais, de quadril e tronco, isoladas ou combinadas, ondulações de braços e mãos, tremidos e batidas de quadril (shimmies), entre outros. Estes momentos com a dança do ventre proporcionam uma descoberta maior do corpo, da feminilidade e da deusa que existe dentro de cada mulher. O grupo Deusas do Ventre apresentou quatro belas coreografias em estilos diferentes de dança, que foram do mais tradicional, com véu, ao mais moderno.
A última apresentação da noite foi do grupo Área de Forró, que tem suas origens na cidade de Florianópolis (SC), com um estilo chamado Forró Contemporâneo, onde se mesclam os gêneros Pé-de-Serra e o Universitário. Esse projeto foi trazido a Umuarama pelo professor Marcelo Pereira, em 2010, como um projeto de extensão do Instituto Federal do Paraná em parceria com Fundação Cultural Schubert. O projeto já formou mais de 200 pessoas e atualmente conta com 120 inscritos. O grupo de dança deste projeto já se apresentou nas cidades de Florianópolis, Curitiba e Umuarama para um público que ultrapassa 5.000 pessoas. Para as aulas e as apresentações, o projeto conta com a ajuda voluntária de 17 monitores e os instrutores Sabrina Krüger, Milene Ribeiro, Eduardo Fernandes e Fabrício Festa. A coreografia apresentada foi em homenagem ao rei do Baião, Sr. Luiz Gonzaga do Nascimento que, ainda vivo em nossa lembrança, fez 100 anos no dia 13 de dezembro.

Sendo uma festa tipicamente brasileira, com suas origens no nordeste do país, o forró abrange vários ritmos e danças, dentre os mais conhecidos estão o xote, o baião, o xaxado, as quadrilhas, entre outros. O forró tem forte semelhança com o toré, um ritual indígena. Foi o arrastar dos pés dos índios nordestinos, mais a influencia da colonização europeia, e o toque sutil de balançar os quadris dos africanos, que tornaram dessa mistura, uma dança conhecida mundialmente. O forró é conhecido por sua alegria contagiante e tornou-se febre em todo o país na voz de Luiz Gonzaga, grande Rei do Baião, no início dos anos 50. No entanto, foi a forte imigração dos nordestinos para Brasília, Rio de Janeiro e São Pulo que firmaram o ritmo e tornaram a cultura ainda mais conhecida. Outros nomes também contribuíram para o seu enriquecimento tais como Zé Dantas, Chico Salles, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, João do Vale, Marines, Trio Nordestino, entre tantos outros. Desde seu início, o forró tem se expandido e ramificado em vários estilos de música e dança. Ao norte de nosso país, encontra-se atualmente o Forró Moderno, que teve grande influência da lambada com sons eletrônicos e um gingado bastante característico. Vindo mais para o Centro do Brasil, encontra-se o resgate do forró pé-de-serra com seus jogos de perna e condução mais intensa, bastante tocado em Brasília, Minas Gerais e Espírito Santo. Ao sul, vê-se o Forró Universitário com seus giros e acrobacias adaptadas da Salsa pelos universitários de São Paulo e Campinas e espalhado também ao Rio de Janeiro e Santa Catarina.

“Gostaríamos de agradecer a todos que apoiaram os projetos este ano e em especial a todos os bailarinos, bailaores e dançarinos, que estiveram presentes em exaustivos ensaios, viagens e apresentações ao longo do ano. Que todos continuem com esse brilho nos olhos, essa garra de campeões, essa força de vencedores e essa vontade de levar a arte a todos os lugares, mas principalmente aos seus corações e as suas almas. Agradecemos também às costureiras e bordadeiras que se dedicaram para a confecção dos figurinos dos bailarinos, e ao Instituto Federal do Paraná e à Fundação Cultural Schubert pelo apoio aos projetos desenvolvidos”, salienta a professora Máriam Trier.
A parceria continua o ano que vem e os interessados a se juntarem aos grupos de dança devem procurar a secretaria do Centro Cultural em horário comercial para realizãção da matrícula. Todos os cursos são gratuitos.

Outros Projetos
Como produção cultural, a coordenadora Máriam Trier ainda mantém um projeto de rádio, em parceria com a RUP FM 107,7, da Unipar, com um programa semanal onde são tocadas músicas flamencas, latinas e músicas do mundo. E uma vez por mês, aos domingos, às 16 horas, no Centro Cultural Schubert, são exibidos filmes de dança, com debates ao final. Esse projeto chama-se IFPipoca Dança e é realizado em parceria com a Fundação Cultural de Umuarama, gratuitamente.

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