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A 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, realizada de 14 a 17 de outubro, em Brasília, recebeu 45 delegados do Paraná, dentre eles a professora Luciana Maestro Borges do Câmpus Umuarama, representando o poder público federal. Eles tiveram a oportunidade de avaliar as propostas, sugerir mudanças e aprimorar o documento que foi encaminhado ao governo. Na oportunidade, os delegados do Paraná se reuniram com cerca de mil e duzentos representantes de todo o país para aprovar as cem propostas que priorizam o desenvolvimento do Brasil Rural para os próximos anos.
O documento final da conferência será usado para a construção do Plano Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário do País. O encontro em Brasília representou a fase final de debates realizados em todo o país, desde maio deste ano. Essas discussões geraram um grande volume de propostas que foram reduzidas a 100 sugestões no documento final. As discussões apontaram caminhos para a política pública dirigida à agricultura familiar, sobretudo para os serviços de assistência técnica e extensão rural. Uma das decisões mais importantes da Conferência foi adotar a Agroecologia como matriz para o desenvolvimento rural sustentável. Mais de 42 mil pessoas ligadas à agricultura familiar de todo o país participaram desse processo, entre agricultores familiares, assentados da reforma agrária, extrativistas, pescadores artesanais, povos indígenas, quilombolas, povos e comunidades tradicionais, mulheres, jovens, integrantes do poder público e da sociedade civil de todas as unidades da Federação. No Paraná as discussões preparatórias foram capitaneadas pelo MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), Secretaria da Agricultura e do Abastecimento e Instituto Emater. As conferências foram norteadas por sete eixos: o desenvolvimento socioeconômico e ambiental do Brasil rural e fortalecimento da agricultura familiar; a reforma agrária e democratização do acesso à terra e aos recursos naturais; a abordagem territorial como estratégia de desenvolvimento rural e promoção da qualidade de vida; a gestão e participação social; a autonomia das mulheres rurais; a autonomia e emancipação da juventude rural; e a promoção do etnodesenvolvimento.