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Os estudantes do curso técnico em Química integrado ao ensino médio do IFPR campus Umuarama, divulgaram neste Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado em 5 de junho, o estudo realizado sobre Pegada Ecológica da população de Umuarama. O questionário, adaptado pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), foi aplicado à população por faixas etárias no centro de Umuarama perto do Dia Mundial da Terra, instituído em 22 de abril.
Os estudantes perguntaram às pessoas sobre seus hábitos alimentares, ambientais e de consumo e logo após a entrevista foi entregue um marcador de página com dicas sustentáveis. Com as respostas obtidas, os estudantes calcularam a Pegada Ecológica de uma amostra de 383 pessoas, com 5% de erro amostral e confiabilidade de 95%. O resultado obtido para a média amostral foi de 49 pontos, o que significa uma “pegada” moderada, ou seja, que o estilo de vida da população está um pouco acima da capacidade natural de regeneração de recursos pelo planeta, de modo que seu padrão de consumo demanda moderadamente mais do que a Terra pode repor. Para essa “pegada” o INPE sugere, por exemplo, fazer os percursos curtos do dia a dia a pé ou de bicicleta e utilize o carro somente para percursos longos. “Além disso, também podemos consumir mais produtos de origem orgânica, ou de feiras, separar os resíduos recicláveis de não recicláveis, levar pilhas, baterias, lâmpadas e eletrônicos aos postos de coleta, gastar menos água e energia e consumir menos produtos com açúcar refinado”, comenta a coordenadora da pesquisa, professora Máriam Trierveiler Pereira. Com relação aos resultados por faixa etária, verificou-se que as pessoas até 34 anos têm uma “pegada” maior do que as pessoas maiores de 35 anos.
O termo “pegada ecológica” foi criado pelos cientistas canadenses Mathis Wackernagel e William Rees em 1990 e hoje é internacionalmente reconhecido como uma das formas de medir a utilização, pelo homem, dos recursos naturais do planeta. Esse indicador dá uma ideia de como um indivíduo utiliza os recursos naturais, conforme seus hábitos de consumo e estilos de vida. Esse uso de recursos deve ser compatível com a capacidade natural do planeta em regenerá-los. No entanto, dados recentes do INPE mostram que estamos consumindo, em média, 50% a mais do que a capacidade de reposição do planeta. Isso significa que precisamos de um planeta e meio para manter nossos padrões de vida atuais.