Professores do campus mobilizam ações pela igualdade racial – Campus Umuarama

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Professores do campus mobilizam ações pela igualdade racial

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Professores do Instituto Federal do Paraná, visando a uma formação plena de seus alunos, movem ações contra qualquer forma de preconceito. Nessa sexta-feira, 06, os alunos tiveram a oportunidade de assistirem à palestra “A construção social e discursiva das relações raciais no Brasil” com a professora Josiane Barbosa Gouvêa, docente do campus e mestre em administração pela Universidade Estadual de Maringá.
A ação foi organizada pela docente de Língua Portuguesa do campus Leila Pontes. Segundo ela, trabalhar esses temas é de suma importância porque possibilita um conhecimento sobre como se constituiu e como se mantém o racismo em nossa sociedade. Abordar o tema possibilita o esclarecimento sobre a luta, sobre a resistência do negro e resgata a sua cultura.
Para Leila Pontes, abordar esse tema, em sala, de forma integrada aos conteúdos programados de Língua Portuguesa, interfere positivamente na visão de nossos alunos em relação à forma como vê o outro e também eleva a autoestima dos alunos negros. “Muitos alunos negros chegam aqui oprimidos, descrentes de si mesmos, com autoestima baixa e, a partir de muitas discussões, eles começam a se descobrir, a se valorizar, começam a entender quem são e o quanto representam nesta sociedade. É algo fantástico, emocionante!”, afirma a professora.
Segundo Josiane Barbosa Gouvêa, “Nossos estudantes, muitas vezes, questionam acerca da necessidade das ações afirmativas e políticas de reparação. Entendo que essas ações apenas poderão ser compreendidas a partir do momento em que eles tiverem acesso amplo à maneira como se deu a construção social e discursiva da sociedade brasileira.
Compreender como se estabeleceram as relações raciais no Brasil é, portanto, elemento fundamental para a formação cidadã plena. Isso porque a nossa sociedade ainda colhe os dolorosos frutos do período de escravização de negros e negras no país, de forma que estes ainda se encontram, em sua maioria, nos mais baixos níveis sociais.

Chamados de “grupo minoritário”, os negros representam em torno de 53% da população brasileira e resistem, lutando dia após dia, por melhores condições e igualdade de direitos. Não basta apenas o mês de novembro! Para buscarmos uma sociedade mais justa, em termos raciais, é preciso que falemos constantemente a respeito do tema, de maneira integral e integrada ao currículo escolar.”
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